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Francês preso na Bulgária diz que tinha apenas negócios com irmãos Kouachi

Internacional|

Sofia, 18 jan (EFE).- O francês Fritz-Joly Joachin, preso na Bulgária por suspeita de terrorismo, disse neste domingo que tinha relações comerciais com os irmãos Said e Chérif Kouachi, responsáveis pelo atentado contra o semanário de humor "Charlie Hebdo". A rádio estatal búlgara "BNR" transmitiu hoje uma entrevista gravada em Sofia com o prisioneiro, que espera decisão da Justiça búlgara sobre uma eventual extradição para a França. O francês, de origem haitiana e convertido ao islamismo, afirmou que se dedicava à compra e venda de roupas e calçados, assim como os irmãos Kouachi. "Temos relações de negócios. Fazemos compra e venda de sapatos e roupas. A última vez que nos vimos foi em julho e desde então falamos por telefone duas ou três vezes", disse Joachin. O francês está em prisão preventiva na Bulgária desde 1º de janeiro, quando foi detido ao tentar ir para a vizinha Turquia. No momento de sua detenção, seis dias antes do atentado de Paris, pesava sobre ele uma ordem de busca por tentativa de sequestro de seu filho, de três anos de idade, com o qual supostamente pretendia viajar para a Síria. Em uma segunda ordem de prisão, recebida pela Bulgária cinco dias depois do atentado, a Justiça francesa apontava que o suspeito manteve contatos com Chérif Kouachi, um dos autores do massacre de Paris. Por essa razão, a França pede sua extradição, o que será decidido pela Bulgária em 20 de janeiro. Na entrevista, Joachin negou envolvimento com o islamismo radical. "Eu sou muçulmano mas não sou um muçulmano exemplar. Eu também estou cometendo pecados. Mas não sou radical. Se fosse radical, teria estado em Paris naquele momento (quando ocorreu o massacre)", argumentou. Além disso, o suspeito afirmou que só foi acusado por conhecer gente que "fez algo ruim". "Eu não sabia de nada do que iam fazer. Certamente estou surpreendido. Eram pessoas muito amáveis", disse Joachin sobre os irmãos Kouachi, que mataram 12 pessoas no atentado contra o "Charlie Hebdo" e que depois foram mortos pela polícia. Sobre as caricaturas publicadas pela revista, Joachin disse que "o semanário não fez algo mau mas se querem rir de uma religião que o façam de todas, não somente do islã". EFE vp/dk

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