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Grécia elege um judeu para prefeito pela primeira vez na história

Cidade de Janina, no noroeste do país, elegeu o professor universitário Moisés Elisaf, que venceu o atual prefeito por apenas 0,3% dos votos no 2º turno

Internacional|Da EFE

Elisaf é o primeiro prefeito judeu da história da Grécia
Elisaf é o primeiro prefeito judeu da história da Grécia Elisaf é o primeiro prefeito judeu da história da Grécia

O independente Moisés Elisaf será o primeiro prefeito judeu na história da Grécia, depois de vencer neste domingo (3) o segundo turno das eleições locais na cidade de Janina, no noroeste do país.

Elisaf conquistou a prefeitura com um resultado apertado de 50,3%, após ter ficado em segundo no primeiro turno de 26 de maio, sete pontos percentuais atrás do prefeito em fim de mandato, Zomás Begas.

Leia também: A história do tsunami que decidiu uma guerra na Grécia antiga

"A sociedade local rejeitou os estereótipos e o discurso racista e avaliou com critérios objetivos o nosso programa", declarou Elisaf à Agência Efe.

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O prefeito recém-eleito ressaltou que, embora ninguém tenha utilizado de forma oficial um discurso antissemita durante a campanha eleitoral, algumas personalidades locais tentaram convencer os eleitores a não votar nele utilizando sua raça e credo como argumento.

Segundo Elisaf, até agora não houve outros judeus em cargos similares porque sua comunidade conta com apenas 5 mil pessoas na Grécia.

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Nascido em Janina em 1954, Elisaf é professor da Faculdade de Medicina local e foi líder da comunidade judaica local durante 17 anos. Além disso, atualmente é membro da executiva do Conselho Central Judaico da Grécia.

Até a explosão da Segunda Guerra Mundial, a comunidade judaica de Janina foi com seus 2 mil membros a maior de romaniotas — judeus helenófonos, em muito menor número que os sefarditas, que chegaram à península helena no início do século XVI e falavam ladino (idioma também conhecido como judeu-espanhol) — e está na região há pelo menos mil anos.

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Durante a Segunda Guerra Mundial, 1.850 judeus de Janina foram deportados a campos de concentração e apenas 163 retornaram vivos.

Atualmente, a comunidade judaica de Janina conta com apenas meia centena de membros em uma população de 80.000 moradores.

O discurso antissemita foi comum na Grécia inclusive antes do crescimento — por causa da crise econômica — do partido neonazista Amanhecer Dourado. O cemitério e a sinagoga de Janina foram vandalizados em várias ocasiões.

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