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Há 15 anos, explosão perto do porto de Beirute matou primeiro-ministro

Atentado contra Rafiq Hariri era maior incidente registrado pós Guerra do Líbano até agora; julgamento dos acusados estava previsto para esta 6ª

Internacional|Do R7, com Reuters

Rafik Hariri foi morto em um atentado a bomba em Beirute em 2005
Rafik Hariri foi morto em um atentado a bomba em Beirute em 2005 Rafik Hariri foi morto em um atentado a bomba em Beirute em 2005

Há 15 anos, o ex-primeiro ministro Rafik Hariri foi morto em um atentado em Beirute. Na ocasião, a explosão tinha sido uma das piores após o fim da guerra civil. O carro com uma tonelada de TNT explodiu próximo do local da megaexplosão registrada nesta terça-feira (4), e chegou a ficar conhecido como "o dia em que o Líbano tremeu".

Por triste coincidência, a tragédia que supera o atentado de Hariri ocorreu às vésperas do julgamentos dos acusados pelo atentado. Ele aconteceria nesta sexta-feira (7), mas foi adiado em respeito às vítimas.

Rafik Hariri foi primeiro-ministro do Líbano entre 1992 e 1998 e era um líder islãmico de origem sunita. O atentado contra Hariri causou, ao todo, a morte de 22 pessoas e deixou 226 feridas. O ataque fez com que a Síria, acusada de ter ordenado o crime, retirasse suas tropas do país vizinho após quase três décadas.

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Os acusados — Salim Jamil Ayash, Mustafa Amine Badredine, Hussein Hassan Oneisi e Assad Hassan Sabra — são de nacionalidade libanesa e pertencem ao grupo político Hezbollah, também islãmico, mas de origem xiita. Eles serão julgados em Haia (Holanda), no Tribunal Especial para o Líbano (TEL).

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O Tribunal Especial para o Líbano é um tribunal internacional instituído conjuntamente pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pelo Líbano para julgar suspeitos no atentado a bomba de 2005 e outros assassinatos políticos no Líbano ocorridos na mesma época. 

Interceptações telefônicas

A promotoria considera que Badredine e Ayash foram os autores intelectuais e executores do atentado. Os outros dois acusados, Oneisi e Sabra, entregaram à rede de televisão Al Jazeera um vídeo falso na qual reivindicavam a autoria do atentado em nome de um grupo inexistente, segundo a promotoria.

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Promotores disseram que dados extraídos de registros de chamadas telefônicas e mensagens de texto mostraram que os réus ligaram uns para os outros de dezenas de celulares para monitorar Hariri nos meses prévios ao assassinato e para coordenar seus movimentos no dia do ataque.

"Eles usaram redes telefônicas colocadas em operação e mantidas meses antes da conspiração de fato", disse um membro da promotoria, Alexander Milne.

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Aparelhos que tinham sido comprados seis meses antes do ataque ou mesmo no ano anterior repentinamente passaram a ser utilizados nos últimos três meses de vida de Hariri, segundo os promotores, já que os supostos conspiradores os empregaram para pôr seu plano em andamento.

Todos os aparelhos ficaram silenciosos imediatamente antes ou logo após o atentado. Mas os advogados dos acusados ​​dizem que não há evidências diretas que vinculem seus clientes aos telefones celulares identificados pela promotoria, e pediram absolvição dos réus.

Veredito adiado

O Tribunal Especial do Líbano anunciou nesta quarta-feira (5) que irá adiar o fim do julgamento dos acusados de planejar e executar o atendado a bomba contra Rafik Hariri, "por respeito às inúmeras vítimas da explosão devastadora que abalou Beirute em 4 de agosto e aos três dias de luto público no Líbano".

Os réus não estão presos e estão sendo julgados à revelia. 

FOTOS impressionantes da explosão registram a tragédia em Beirute

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