O partido de extrema-direita, terceiro maior no Parlamento sueco, rejeitou nesta quarta-feira (3) o Orçamento proposto pela situação por causa da política de imigração do governo dos Sociais-Democratas. A aliança da direita, que teve o apoio vital dos radicais, derrubou a base governista e consolidou a maior crise desde 1958 na política sueca.
Stefan Löfven (Sociais-Democratas) teve apenas dois meses para assinar o seu nome como primeiro-ministro da Suécia antes de perder a votação do Orçamento de 2015 no Parlamento nacional. O seu governo foi derrotado hoje quando o partido de extrema-direita (Democratas da Suécia) apoiou o bloco da oposição (Alliansen) e, sem alternativa para conseguir aprovar os projetos, Löfven anunciou que convocará eleições extraordinárias, previstas para ocorrer em 22 de Março do próximo ano.
Sociais-Democratas voltam ao poder na Suécia
A atual crise política na Suécia é comparada apenas à vivida em 1958, quando aconteceu, pela primeira vez, a convocação de eleições antecipadas. A votação extraordinária do próximo ano é vista por Stefen Löfven, atual líder governista, como consequência de um ato irresponsável dos partidos da oposição.
— Eu não vou silenciosamente aceitar o que está acontecendo agora com a direita. Este é um comportamento irresponsável desses cinco partidos juntos [partidos que formam o bloco de direita da oposição]. Agora estamos onde estamos.
Para o líder do Partido Verde (MP) Gustav Fridolin, que compõe a base do atual governo, “haverá uma escolha entre nós que queremos modernizar a Suécia e aqueles — partidos da oposição — que não conseguem ver os problemas reais da Suécia”. Para Fridolin, o governo vai para a eleição debater a escola, os postos de trabalho e questões climáticas. No entanto, o líder dos verdes diz que o seu partido nunca vai deixar os Democratas da Suécia ditarem as regras fazendo referência à polêmica sobre fechar ou não o país em relação à imigração.
— Estamos prontos para lutar para o que a maioria das pessoas na Suécia quer: que o país seja aberto e humano.
Momentos antes do anúncio feito por Stefen Löfven, a ministra das Finanças, Magdalena Andersson, manifestou pesar sobre a crise.
— Eu acho que é triste para todas as pessoas que esperavam que a Suécia teria um foco diferente. Eu entendo que há muitos que estão decepcionados hoje. A Suécia tem uma política pior a partir de primeiro de janeiro de 2015 com o orçamento da aliança [aprovado com o apoio da extrema-direita].
Já em tom de campanha, a ministra Magdalena Anderson acusa a oposição (Alliansen) de ter ignorado que o partido de extrema-direita (Democratas da Suécia) faz chantagem para impor a própria política de imigração, reconhecidamente dura contra os imigrantes.
— O problema é que eles [Alliansen] não responderam a questão de como eles pensam que a Suécia pode ser controlada no novo cenário político que surgiu ontem, quando os Democratas da Suécia deixaram claro que pretendem fazer uma armadilha com o orçamento de todos os governos se estes não dançarem a sua música nas questões de migração.
Agora, os sociais-democratas e o Partido Verde vão para a eleição como partes individuais, mas querem continuar a coligação.
"Nós formamos um governo, nós temos um orçamento, vamos às urnas", disse Stefan Löfven.
Resumo da crise
Stefen Löfven defendeu no seu orçamento o aumento dos gastos com bem-estar social, postos de trabalho e também se comprometeu a manter as leis de imigração liberais da Suécia.
Mas ele não conseguiu obter apoio suficiente para o pacote financeiro, pois o partido de extrema-direita Democratas da Suécia — que possui o equilíbrio de poder no Parlamento — optou por apoiar um orçamento rival de centro-direita partidos de oposição da Suécia.
Na Suécia, cada partido ou coligação pode submeter ao Parlamento uma proposta de orçamento. A que obter mais apoio, é a que ganha.
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O orçamento do governo obteve 153 votos, enquanto que 182 políticos foram a favor do orçamento da oposição, provocando uma crise política no país.
Novas eleições foram convocadas para 22 de março de 2015 e durante todo o próximo ano o orçamento que será aplicado será o aprovado hoje pela maioria.
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