Um estudo realizado pela instituição filantrópica britânica CAF (Charities Aid Foundation) mostrou que os três países mais generosos do mundo são economias de baixa renda: Quênia ocupa o 3° lugar, Indonésia o 2° e o campeão é Mianmar.
O World Giving Index (Índice Mundial de Doação, em tradução livre) é feito desde 2009 e se tornou o maior levantamento sobre doações feito no mundo. A pesquisa é baseada em três questões: doação de dinheiro para organizações da sociedade civil, ajuda a um estranho e trabalho voluntário.
Os números divulgados este ano se referem a dados coletados em 2016, quando 146 mil pessoas foram entrevistadas em 139 países.
Em todo o mundo, houve uma queda nos três índices avaliados. As doações e a ajuda a estranhos caíram 1,8% e o trabalho voluntário 0,8%.
Países desenvolvidos, que fazem parte das maiores economias do mundo e que costumam ocupar o topo da lista, caíram de posição este ano. Os EUA saíram do 2° lugar para o 5° e a Austrália do 3° para o 6°.
Já países da África, como Quênia, Serra Leoa, Libéria e Zâmbia, subiram no ranking, levando o continente a ser o único a registrar crescimento nos três índices avaliados.
Veja o top 10 dos países mais generosos de 2017 e suas áreas de destaque:
1° Mianmar (Ásia) – 91% da população doa dinheiro
2° Indonésia (Ásia) – 79% da população doa dinheiro
3° Quênia (África) – 76% da população ajuda estranhos
4° Nova Zelândia (Oceania) – 65% da população doa dinheiro e ajuda estranhos
5° EUA (América do Norte) – 73% da população ajuda estranhos
6° Austrália (Oceania) – 66% da população ajuda estranhos
7° Canadá (América do Norte) – 67% da população ajuda estranhos
8° Irlanda (Europa) – 61% da população ajuda estranhos
9° Emirados Árabes Unidos (Ásia) – 71% da população ajuda estranhos
10° Holanda (Europa) – 64% da população doa dinheiro
Brasil
O Brasil aparece na posição 75 do ranking mundial deste ano. Em 2016, o País saiu de sua pior posição (105°) para a melhor, ficando em 68°.
No último ano, os brasileiros doaram menos dinheiro (de 30% para 21%) e se mantiveram estáveis na ajuda a um estranho (54%).
O único índice a subir foi o de trabalho voluntário (de 18% para 20%), mas este aumento pode ser atribuído ao voluntariado nas Olimpíadas.
Em relação à América do Sul, o Brasil também teve queda (da 4ª para a 6ª posição), ficando atrás de Bolívia (5ª), Colômbia (4ª), Uruguai (3ª), Equador (2ª) e Chile (1ª).
No Brasil, a CAF é representada pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social).