O último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, que sofre de diabetes, entre outros problemas, disse nesta quinta-feira (28) à imprensa local que está internado e não sai do hospital.
Gorbachev, de 84 anos, já esteve internado durante 24 horas em outubro do ano passado no Hospital Central Clínico de Moscou.
A saúde do veterano político piorou consideravelmente a partir de 2011, quando foi operado em Munique (Alemanha) de um problema na coluna vertebral.
Em 2013, o primeiro e último presidente da União Soviética também passou duas vezes pelo hospital, uma na capital russa e outra na Alemanha.
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Agraciado com o prêmio Nobel da Paz em 1990, Gorbachev assegurou em novembro do ano passado que o atual presidente russo, Vladimir Putin, acredita que é Deus. Putin "sofre da mesma coisa que eu, de excessiva segurança em si mesmo. Ele é Deus. Ou, melhor dizendo, o segundo de Deus", disse.
Gorbachev, que acusou em várias ocasiões Putin de monopolizar o poder, respaldou a anexação russa da Crimeia e alertou sobre a explosão de uma nova Guerra Fria, devido ao antagonismo entre Rússia e Ocidente.
O homem que dirigiu a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas entre março de 1985 e 25 de dezembro de 1991 lidera a fundação que leva seu nome e que é dedicada a atividades sociais, benéficas e de análise.
Admirado pela oposição liberal, as organizações de defesa dos direitos humanos e as chancelarias ocidentais, o pai da Perestroika (reestruturação) é ainda considerado um traidor por muitos nostálgico que o acusam de acabar com a URSS.