Irã classifica de proveitosas conversas nucleares técnicas em Viena

Teerã, 23 out (EFE). - O Irã qualificou nesta quinta-feira de proveitosas as negociações nucleares em nível técnico em Viena (Áustria), realizadas ontem e hoje e que acontecem um mês antes da expiração do prazo que o Teerã e o Grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais Alemanha) para alcançar um pacto final. "Ontem e hoje tivemos intensas sessões com discussões curtas e sérias sobre os assuntos considerados, nas quais cada parte expôs seus pontos de vista ao outro", resumiu à emissora nacional "IRIB" o vice-ministro das Relações Exteriores para Assuntos Políticos e de Segurança Internacional, Hamid Baidinezhad, que liderou a delegação iraniana. Para o diplomata, "naturalmente, os assuntos não eram simples, mas todos concordaram que o diálogo foi proveitoso e cada um conseguiu se adaptar com os pontos de vista dos outros, o que definitivamente ajudará a chegar ao caminho para um consenso em uma solução" ao enfrentamento que o Irã mantém com a comunidade internacional sobre a seu programa nuclear. Conforme informou a agência de notícias estatal iraniana "Irna", a quantidade e a pureza do enriquecimento de urânio por parte do Irã e o ritmo do levantamento das sanções internacionais que o país sofre são alguns dos assuntos a tratar e representam os principais obstáculos para conseguir um acordo definitivo nesta negociação. Nos dias 14 e 16 desse mês aconteceu a oitava rodada de negociações nucleares entre Irã e o 5+1 em nível político sem que se anunciassem avanços significativos. Esta semana o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores e segundo responsável da equipe negociadora, Abbas Araghchi, assinalou que "nenhuma das partes está interessada em renovar o prazo das negociações", e garantiu que "todos estão decididos a chegar a um acordo antes da data limite", em 24 de novembro. Parte da comunidade internacional teme que o Teerã esconda, sob a aparência de um programa nuclear pacífico, a intenção de desenvolver armas atômicas, extremo que o Irã nega ao mesmo tempo em que reivindica seu direito a realizar um programa nuclear para usos civis com a amplitude que considere necessária. EFE aca/cdr