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Irlanda acaba com proibição ao aborto, em meio à "revolução"

Pesquisas apontam ampla vantagem em referendo; resultado oficial deve sair até o fim deste sábado (26)

Internacional|

População foi às urnas decidir sobre aborto
População foi às urnas decidir sobre aborto População foi às urnas decidir sobre aborto

Grande maioria dos Irlandeses votou para liberalizar algumas das leis mais restritivas do mundo sobre o aborto, no que seu primeiro-ministro descreveu como a culminação de uma "revolução silenciosa" em um País que já foi um dos mais conservadores da Europa.

Estima-se que os eleitores, outrora profundamente católico, tenham apoiado a mudança em proporção maior que dois para um, de acordo com duas pesquisas divulgadas na noite de sexta-feira (25), e o governo planeja apresentar a legislação até o final do ano.

"É incrível. Por anos e anos e anos, nós tentamos cuidar das mulheres e não conseguimos, isso é muito importante", disse Mary Higgins, obstetra e ativista do Together For Yes (Juntos Pelo Sim).

Depois que os resultados oficiais começaram a ser anunciados no sábado, políticos dos dois lados concordaram que o referendo havia passado por uma ampla margem. Os resultados finais são previstos para o fim do sábado.

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"O povo falou. O resultado parece ser retumbante... em favor da revogação da oitava emenda", que proíbe o aborto, disse o primeiro-ministro Leo Varadkar, que fez campanha pela revogação, a jornalistas em Dublin.

"O que vemos é o ponto culminante de uma revolução silenciosa que vem ocorrendo na Irlanda nas últimas duas décadas", disse Varadkar, que se tornou o primeiro premiê abertamente homossexual do país no ano passado.

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Se confirmado, o resultado será o mais recente marco em um caminho de mudança para o país, que só legalizou o divórcio por uma maioria esmagadora em 1995, antes de se tornar o primeiro do mundo a adotar o casamento gay por voto popular três anos atrás.

"Para ele (seu filho), é uma Irlanda diferente para a qual estamos nos encaminhando. É uma Irlanda mais tolerante, mais inclusiva, onde ele pode ser o que quiser, sem medo de recriminações", disse o professor Colm O'Riain, de 44 anos, com seu filho Ruarai, que nasceu prematuro em novembro, 14 semanas adiantado.

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Um porta-voz de um grupo anti-aborto chamado Save The 8th (Proteja a Oitava), John McGuirk, admitiu que "não há perspectiva" de que a proibição ao aborto no País, imposta em um referendo de 1983, seja mantida.

"O que os eleitores irlandeses fizeram ontem é uma tragédia de proporções históricas", disse o Save The 8th. "No entanto, um erro não se torna algo correto simplesmente porque a maioria o apoia."

Os eleitores foram questionados se desejavam descartar a emenda, que dá ao feto e à mãe direitos iguais à vida. A consequente proibição do aborto foi parcialmente retirada em 2013 para casos em que a vida da mãe estava em perigo.

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