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Israel prende líder do Hamas por incitação ao terrorismo

Hassan Yousef foi detido pelo Exército na cidade de Ramallah

Internacional|Ansa

O Exército de Israel prendeu na noite de ontem (19) o líder político e um dos fundadores do grupo islâmico Hamas, Hassan Yousef, por "incitação ao terrorismo", informaram fontes locais.

A prisão veio no mesmo dia em que militantes do Hamas declararam a Terceira Intifada e pediram para os palestinos lutarem contra Israel até a libertação de Jerusalém, da Cisjordânia e de todos os territórios da Palestina. A prisão ocorreu em Ramallah e Yousef, de 60 anos, não teria apresentado resistência no momento da detenção.

Ele já fora detido pelo Exército em outras ocasiões devido ao seu envolvimento político na cúpula do Hamas. Um de seus nove filhos, Mosab Hassan Yousef, ficou mundialmente famoso após ser descoberto como informante dos serviços secretos israelenses por uma década com o pseudônimo de "Príncipe Verde".

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Convertido ao cristianismo, Mosab vive atualmente nos Estados Unidos e não mantém mais relação com seus familiares. Ontem, um dos dirigentes do Hamas, Fathi Hammad, encorajou os palestinos a continuarem atacando alvos israelenses, como tem ocorrido nas últimas duas semanas. "Apoiaremos o lavente com o nosso trabalho e com o nosso sangue", afirmou.

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Nos últimos dias, uma série de atentados em Israel e na Cisjordânia matou ao menos 40 palestinos e sete israelenses. De acordo com a imprensa local, palestinos estariam atacando israelenses com facas e explosivos, além de atropelamentos. Em resposta, os israelenses reagem na maior parte das vezes com armas de fogo.

Na manhã de hoje, mais um soldado israelense teria sido alvo de um esfaqueamento no vilarejo palestino de Beit Awa, ao sul de Hebron, informou a rádio militar. Suas condições de saúde não são graves, enquanto o agressor foi atingido a tiros por militares que reagiram ao ataque. Os atentados estão sendo considerados a Terceira Intifada (revolta contra Israel).

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As duas primeiras ocorreram respectivamente entre 1987-1993, com dois mil mortos, e 2000-2005, com quatro mil vítimas. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, chegou a Israel nesta terça-feira (20) para uma visita surpresa e um encontro com o premier Benjamin Netanyahu. Amanhã, ele se reunirá com o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Em ambas as ocasiões, ele deverá discutir medidas contra a escalada de violência.

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Além de Ban, o secretário de Estado norte-americano também verá Abbas e Netanyahu, em encontro separados, ainda nesta semana. A reunião com o líder palestino deve ocorrer em Amã, na Jordânia, no próximo sábado, de acordo com fontes locais. Ontem, Kerry pediu o fim dos ataques e afirmou que eles "não têm sentido".

Com a situação de tensão, o governo Israelense adotou uma série de medidas de segurança, como o destacamento de soldados para as ruas e o fechamento do acesso a bairros palestinos. No contexto das medidas extraordinárias de segurança, o Exército israelense demoliu na noite passada, em Hebron, a habitação de Maher al-Hashalmoun, um palestino que, de acordo com as autoridades, matou há um ano um israelense, atropelando-o e apunhalando-o. 

A demolição foi aprovada recentemente pela Suprema Corte de Israel, que rejeitou um recurso de familiares.

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