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Itália vai banir cruzeiros no centro de Veneza a partir de agosto

Governo vai impedir embarcações de grande porte de passarem por dentro da cidade, exigência da Unesco para o tombamento

Internacional|Da ANSA Brasil

Manifestante já vinham realizando protestos contra a presença de grandes navios em Veneza
Manifestante já vinham realizando protestos contra a presença de grandes navios em Veneza Manifestante já vinham realizando protestos contra a presença de grandes navios em Veneza

O governo da Itália aprovou nesta terça-feira (13) mais um decreto para impedir a navegação de navios de grandes dimensões pelo centro histórico de Veneza, com a promessa de que desta vez será para valer.

Leia também: Cruzeiros voltam a circular por Veneza após 17 meses

O bloqueio às grandes embarcações era uma das exigências da Unesco para não colocar uma das joias turísticas da Itália em uma lista de patrimônios em risco e já foi adiado em diversas ocasiões.

Agora, no entanto, o governo garante que, a partir de 1º de agosto, navios com mais de 25 mil toneladas, como os de cruzeiro, não passarão mais pela rota tradicional da Bacia de San Marco e do Canal de Giudecca, em pleno centro histórico da cidade.

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"Não é exagero definir esse dia como histórico", declarou o ministro da Cultura, Dario Franceschini, após uma reunião do Executivo italiano em Roma.

Atualmente, navios de cruzeiro atracam em um terminal de passageiros ao lado da principal estação ferroviária da cidade, e são famosas as fotos que mostram o contraste entre o gigantismo desses transatlânticos e a fragilidade das construções.

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O novo decreto, no entanto, estabelece que os grandes navios sejam redirecionados para o porto comercial de Marghera, na parte continental de Veneza, de forma provisória.

Enquanto isso, o governo já lançou um concurso internacional de ideias para uma solução definitiva para o problema, com previsão de divulgação do vencedor em 30 de junho de 2023.

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Planos apresentados pelo governo em 2017 e em março de 2021 já previam a transferência dos grandes navios para Marghera, porém sem estipular prazo. Além disso, o porto precisou ser adaptado para receber cruzeiros.

Segundo Franceschini, quem sofrer prejuízos com a mudança de rota receberá indenizações do governo, que destinou 157 milhões de euros para financiar o decreto. A medida também declara a Bacia de San Marco e o Canal de Giudecca como "monumento nacional".

"O decreto aprovado hoje constitui uma importante passagem para a tutela do sistema lagunar veneziano", diz um comunicado do Conselho dos Ministros, presidido pelo premiê Mario Draghi.

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