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Itália volta a se confinar e OMS defende vacina da AstraZeneca

De 15 de março a 6 de abril devem fechar escolas, bares e restaurantes de grande parte das 20 regiões do país

Internacional|Da AFP

A Itália anunciou, nesta sexta-feira (12), um novo confinamento com o objetivo de frear o avanço da covid-19, em plena polêmica na Europa sobre a administração da vacina da AstraZeneza e seus possíveis efeitos secundários, um imunizante que a OMS defendeu.

O governo do premiê Mario Draghi decidiu em um conselho de ministros que, de 15 de março a 6 de abril, as regiões com "número semanal de contágios superior a 250 por 100 mil habitantes passarão a ser consideradas 'vermelhas'".

Uma determinação técnica que obriga as autoridades regionais a anunciarem a medida com base no índice de contágio.

Desta maneira, a partir de segunda-feira, devem fechar escolas, bares e restaurantes em grande parte das 20 regiões do país.

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A Itália, que esta semana superou a barreira das 100 mil mortes provocadas pela covid-19, vive um forte aumento de contágios e mortes, em grande parte devido à variante britânica, afirmam os médicos.

O país iniciou a campanha de vacinação no fim de dezembro, mas a distribuição continua lenta. Apenas 1,8 milhão de pessoas - de uma população de 60 milhões - receberam duas doses da vacina até o momento.

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Nos Estados Unidos, ao contrário, os espetaculares avanços na imunização deram ao presidente Joe Biden motivos para ser otimista e pensar que os americanos terão "boas chances" de celebrar o feriado de 4 de julho.

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O país, que fez pedidos suficientes para vacinar todos os adultos até o fim de maio, eliminará gradualmente as restrições de idade para que todos os adultos sejam vacinados até 1º de maio.

Temores a respeito da AstraZeneca

A União Europeia acaba de aprovar a quarta vacina, a da Johnson & Johnson, que pode acelerar as campanhas de imunização, com a vacinação de 200 milhões de europeus, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Entre os fármacos autorizados, está a vacina do laboratório anglo-sueco AstraZeneca, afetada pelos temores relacionados com a formação de coágulos, embora o grupo tenha assegurado nesta sexta que "não há nenhuma evidência de risco agravado".

"Na verdade, os números para esse tipo (de problema médico) são muito menores nos vacinados em comparação ao que seria esperado para a população como um todo", acrescentou o grupo em nota.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira que não há razão para interromper o uso do produto.

"Sim, deveríamos continuar utilizando a vacina da AstraZeneca, não há razão para não utilizá-la", declarou a porta-voz da OMS, Margaret Harris.

Depois que Dinamarca, Islândia e Noruega suspenderam o uso da vacina, a Bulgária anunciou a medida nesta sexta-feira.

No início da semana, a Áustria parou de administrar as doses de um lote de vacinas da AstraZeneca. A decisão foi tomada depois que uma enfermeira de 49 anos morreu vítima de "graves transtornos de coagulação", alguns dias após ser imunizada. Estônia, Lituânia, Letônia, Luxemburgo e Itália também deixaram de utilizar o lote.

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Já a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sugeriu nesta sexta o acréscimo de alergias graves à lista de possíveis efeitos colaterais da vacina da AstraZeneca, após a detecção de reações deste tipo no Reino Unido.

A agência reguladora da União Europeia (UE) com sede em Amsterdã indicou, no entanto, que a vacina da AstraZeneca poderia continuar sendo utilizada.

Em seu comunicado desta sexta-feira, a EMA afirma ter "recomendado uma atualização da informação sobre o produto que inclua anafilaxia e hipersensibilidade (reações alérgicas) como efeitos colaterais".

"Momento mais crítico"

Na Alemanha, as autoridades de saúde anunciaram um forte aumento dos contágios, alarmadas com uma "terceira onda".

Já Portugal apresentou um plano de flexibilização do confinamento, depois de registrar "um dos menores níveis de contágio da Europa".

Preocupada com vários pontos de grande contágio, a Comissão Europeia prorrogou até o fim de junho o mecanismo de controle de exportações de vacinas, imposta desde o fim de janeiro deste ano.

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Desde o início da pandemia, a covid-19 matou mais de 2,6 milhões de pessoas no mundo. Os mais afetados são Estados Unidos e Brasil. Nas últimas 24 horas, o país sul-americano voltou a superar, pela segunda vez, 2 mil mortes diárias, elevando o total de vítimas fatais para mais de 272 mil.

Ontem (11), o estado de São Paulo anunciou a imposição de um toque de recolher noturno e a suspensão de eventos esportivos para enfrentar "o momento mais crítico" da pandemia no país.Na área científica, as pesquisas prosseguem.

A empresa biotecnológica americana Novavax confirmou que sua vacina tem 89% de eficácia contra a covid-19, mas que o nível registra queda considerável contra a variante sul-africana, enquanto o grupo farmacêutico francês Sanofi anunciou o início dos testes clínicos em humanos de seu segundo projeto de vacina.

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