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Mais ataques são registrados na região de usina nuclear na Ucrânia

Moscou e Kiev trocaram acusações sobre a origem de ataques na região; risco de radiação gera grande preocupação internacional

Internacional|

Região da usina nuclear de Zaporizhzhia sofreu mais um bombardeio
Região da usina nuclear de Zaporizhzhia sofreu mais um bombardeio Região da usina nuclear de Zaporizhzhia sofreu mais um bombardeio

A artilharia russa disparou contra cidades ucranianas do outro lado do rio a partir da usina nuclear de Zaporizhzhia durante a noite, disseram autoridades locais neste domingo (28), aumentando a angústia dos moradores à medida que relatos de bombardeios ao redor da instalação alimentam temores de um desastre radioativo.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que houve mais bombardeios ucranianos na usina nas últimas 24 horas, apenas um dia depois que Moscou e Kiev trocaram acusações sobre a origem de ataques na região da maior usina nuclear da Europa, o que gerou grande preocupação internacional.

A empresa nuclear ucraniana Energoatom disse não ter novas informações sobre ataques à usina.

Capturado por tropas russas em março, mas ainda administrado por funcionários ucranianos, o complexo nuclear no front sul da guerra é um dos principais focos do conflito, que já dura cerca de seis meses.

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O Departamento de Estado dos EUA disse em comunicado no domingo que Moscou não quer reconhecer o grave risco radiológico na usina de Zaporizhzhia. A pasta disse que a Rússia travou a versão final de um acordo sobre não proliferação nuclear — o documento mencionava o risco.

O governador regional, Oleksandr Starukh, disse no Telegram neste domingo que as forças russas atacaram prédios residenciais na principal cidade da região, Zaporizhzhia, a cerca de duas horas de carro da usina, e na cidade de Orikhiv, mais a leste.

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No sábado, Starukh disse a uma rede de TV ucraniana que os moradores estavam sendo ensinados a usar iodo no caso de vazamento de radiação.

Os militares da Ucrânia relataram o bombardeio de mais nove cidades na área do lado oposto do rio Dnipro a partir da usina, segundo relatório diário. Já a agência RIA disse, citando o Ministério da Defesa russo, que a força aérea atingiu uma planta da fabricante de motores de aeronaves Motor Sich na região, onde os helicópteros foram reparados.

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A Reuters não pôde verificar esses relatos.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse que nove projéteis disparados pela artilharia ucraniana em dois ataques separados atingiram o terreno da usina nuclear.

"Atualmente, um pessoal técnico está monitorando em tempo integral as condições técnicas da usina nuclear e garantindo sua operação. A situação de radiação na área da usina nuclear permanece normal", disse ele em comunicado.

As Nações Unidas e Kiev pediram a retirada de equipamentos militares e pessoal da fábrica para garantir que o local não seja um alvo.

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que as forças russas transformaram a usina em base militar, pondo em risco todo o continente.

"Os militares russos devem sair da fábrica", escreveu ele no Twitter.

A agência nuclear da ONU, Aiea, está aguardando autorização para que seus funcionários visitem a usina, o que deve estar "muito, muito próximo" de acontecer, disse o chefe da entidade na quinta-feira.

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