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Mais de 14 milhões de pessoas passam fome no Chifre da África devido à seca

Segundo a ONU, insegurança alimentar pode atingir até 20 milhões em 2022 na Etiópia, Somália e Quênia

Internacional|

Seca causa insegurança alimentar na Etiópia, Somália e Quênia
Seca causa insegurança alimentar na Etiópia, Somália e Quênia Seca causa insegurança alimentar na Etiópia, Somália e Quênia

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) advertiu nesta sexta-feira (6) sobre a crise de fome causada pela seca devastadora na Etiópia, Somália e Quênia, que deixou mais de 14 milhões de pessoas em insegurança alimentar.

Um dos territórios atingidos pela seca é o árido condado de Marsabit, no norte do Quênia, onde há "uma taxa de desnutrição aguda global (GAM) de 53,6%, uma das mais altas da África", disse em um comunicado o secretário-geral da FICV, Jagan Chapagain, depois de visitar essa área esta semana.

Pelo menos 5,5 milhões de crianças sofrem de desnutrição aguda nesses países, enquanto cerca de 6,1 milhões de pessoas na Etiópia e 4,1 milhões na Somália precisam de assistência humanitária urgente, advertiu a organização em Nairóbi.

No Quênia, 3,5 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar, com a seca - a pior da região nos últimos 40 anos - atingindo duramente o norte e o leste do país.

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“O fato do povo de Marsabit ter perdido mais de 70% de seu gado, que é sua principal fonte de subsistência, significa que haverá um longo e lento caminho para a recuperação”, disse a secretária-geral da Cruz Vermelha no Quênia, Asha Mohammed.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PAM) advertiu no mês passado que o número de pessoas famintas na região poderia aumentar de cerca de 14 milhões para 20 milhões ao longo de 2022 se a atual estação chuvosa continuar muito fraca.

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A crise também tem consequências em outras áreas além da falta de comida e água, “como a violência sexual e de gênero e os profundos impactos na saúde mental”, disse Chapagain.

“Um exemplo é o das mulheres que caminham mais de 40 quilômetros para conseguir água potável, o que acontece pelo caminho é inimaginável”, acrescentou o secretária-geral.

A situação no Chifre da África também foi agravada por problemas econômicos globais decorrentes da guerra na Ucrânia, como o aumento dos preços dos combustíveis e dos alimentos.

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