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Mais de 150 países se reúnem no Japão para criar novo plano para desastres

Mais de 5.000 dirigentes participam do encontro, que acontece até a próxima quarta-feira

Internacional|Do R7

Líderes e ministros de mais de 150 países estão em conferência
Líderes e ministros de mais de 150 países estão em conferência Líderes e ministros de mais de 150 países estão em conferência

A III Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Redução do Risco de Desastres começou neste sábado (14) na cidade japonesa de Sendai com a presença de líderes e ministros de mais de 150 países. Mais de 5.000 dirigentes participam do encontro, que acontece até a próxima quarta-feira, que procura estabelecer um novo plano de atuação para diminuir o impacto dos desastres naturais, em substituição ao plano de ação de Hyogo que cobriu os últimos dez anos.

Os objetivos principais são reduzir o prejuízo nas infraestruturas, aumentar o número de países com estratégias focadas em atenuar os efeitos destes fenômenos e melhorar as ajudas econômicas para os países em desenvolvimento, já que 90% das vítimas de desastres pertencem a estes países.

Para que a proteção seja efetiva, devemos "ajudar os mais pobres a terem acesso a esses meios", disse hoje o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante a cerimônia de abertura, que contou com a presença do imperador Akihito e da imperatriz Michiko. Ban disse que a prevenção "é de interesse de todos" e expressou seu desejo de fazer deste encontro um "sucesso por todas as vítimas destes desastres".

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Cerca de 1,2 milhão de pessoas morreram e 2,9 bilhões foram afetadas por desastres entre 2000 e 2012, segundo dados da ONU, que estimou que estes fenômenos causaram danos econômicos no valor de US$ 1,7 trilhões nesse período. Além disso, a cada ano US$ 300 bilhões s pelos danos que causam terremotos, tsunamis, ciclones e inundações causam.

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A expectativa é que novo plano, cujas conclusões serão expostas dia 18, estabeleça objetivos numéricos pela primeira vez para reduzir o número de vítimas e as perdas econômicas, para que os progressos possam ser avaliados de forma mais eficaz. O Japão, país anfitrião, sofre com desastres frequentes, e por isso "gastamos muito tempo trabalhando na prevenção de riscos", disse o primeiro-ministro, Shinzo Abe.

Abe destacou que o país espera compartilhar as lições aprendidas após o terremoto, o tsunami e o acidente nuclear de 2011, e ampliar a parceria internacional para lutar contra estas situações. O chefe do Executivo japonês anunciou que oferecerá US$ 4 bilhões em ajuda internacional para melhorar a gestão de desastres até 2018, e antecipou os planos de Tóquio para ajudar a treinar 40 mil especialistas de todo o mundo na prevenção de desastres e de reconstrução.

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O governo japonês acrescentou que a cooperação internacional na prevenção de desastres ajudaria o mundo a se adaptar aos efeitos da mudança climática — tema que será amplamente debatido na conferência, e os possíveis desastres naturais que ela provoca.

Durante os cinco dias da conferência, paralelamente às sessões plenárias, haverá mais de 30 sessões de trabalho, e reuniões de alto nível que cobrirão uma ampla gama de temas sobre desastres, e cerca de 350 simpósios e seminários promovidos por organizações não-governamentais.

O Japão recebeu as três conferências sobre desastres realizadas pela ONU. A primeira aconteceu em Yokohama em 1994, a segunda em Kobe em 2005 e agora em Sendai, uma das cidades afetadas pelo terremoto e pelo tsunami de 2011. 

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