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Manifestantes protestam devido à eleição presidencial no Haiti

Internacional|

Por Joseph Guyler Delva

PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Manifestantes com pedras nas mãos tomaram as ruas da capital do Haiti, Porto Príncipe, na segunda-feira, para exigir a suspensão da eleição presidencial de 24 de janeiro devido a denúncias de irregularidades, enquanto agressores desconhecidos queimaram várias sessões eleitorais.

O Haiti marcou o segundo turno da eleição, com o apoio de doadores internacionais, para domingo, mas as tensões se agravaram desde que o candidato da oposição, Jude Calestin, disse na semana passada que se retiraria da disputa, sob a alegação de que as autoridades eleitorais favoreceram o partido governista.

Celestin, um engenheiro formado na Suíça de 53 anos, ficou em segundo no primeiro turno da eleição no empobrecido país caribenho, em outubro, derrotado pelo exportador de bananas Jovenel Moise, de 47 anos, candidato do partido no poder.

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Acompanhada por um homem que tocava trompete, a multidão de milhares de pessoas se tornou cada vez mais agitada ao sair dos bairros pobres em direção ao centro de Porto Príncipe. Alguns manifestantes queimaram veículos, jogaram pedras e atacaram um posto de gasolina.

“Se tivermos que pegar em armas, faremos isso. Eu fiz isso no passado”, disse Jaques Madiou, um morador de favela de 40 anos que disse ter participado da luta armada depois que o presidente Jean-Bertrand Aristide, um ex-padre esquerdista, foi forçado a deixar o poder em 2004.

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As eleições e as transferências de poder no Haiti são há muito tempo assoladas pela instabilidade, e observadores internacionais disseram que a votação de outubro foi relativamente calma. No entanto, vários dos 54 candidatos alegaram fraude a favor de Moise.

Na segunda-feira, Moise pediu aos eleitores que comparecessem ao segundo turno, afirmando aos jornalistas que o pleito era um “ponto de virada” no fortalecimento da democracia no Haiti.

Os manifestantes exigiram a criação de um governo interino e a convocação de novas eleições após o fim do mandato do presidente atual, Michel Martelly, em fevereiro. Entre os grupos de oposição estão o partido Plataforma Pitit Desalin e apoiadores de Celestin.

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