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Militares brasileiros são feridos na República Centro-Africana

Capitã de corveta da Marinha e tenente-coronel do Exército estavam em carro da ONU que foi apedrejado durante protesto popular em Bangui

Internacional|Fábio Fleury, do R7, com agências internacionais

População de Bangui se revoltou contra ataque a igreja
População de Bangui se revoltou contra ataque a igreja População de Bangui se revoltou contra ataque a igreja

Dois militares brasileiros ficaram feridos durante um protesto popular em Bangui, capital da República Centro-Africana, na última terça-feira. A revolta ocorreu depois que um grupo de homens armados matou 15 pessoas em uma igreja próxima ao bairro PK5, de maioria muçulmana.

Um imenso grupo de manifestantes tomou conta das ruas e levou o corpo do padre responsável pela igreja, morto durante o ataque, até a sede da Força de Paz da ONU no país (MINUSCA) e atacou militares.

Ferimentos leves

A capitã de corveta Márcia Andrade Braga, da Marinha, e o tenente-coronel Carlos Henrique Martins Rocha, do Exército brasileiro, estavam dentro de uma viatura da ONU que foi apedrejada por manifestantes. Os dois atuam como observadores da MINUSCA.

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Durante o ataque, o motorista do carro perdeu o controle e bateu. Depois que os ocupantes deixaram o veículo, ele foi incendiado pelos manifestantes.

A capitã teve escoriações e ferimentos leves e já recebeu alta. O coronel quebrou o nariz e teve suspeita de traumatismo craniano após a colisão. Ele foi transferido para um hospital da ONU em Kampala, capital de Uganda.

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Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que os dois militares voltarão à missão da ONU assim que estiverem em condições físicas.

Violência religiosa

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A República Centro-Africana vem sendo alvo de uma onda de violência entre grupos cristãos e muçulmanos desde o início de abril. As estimativas da imprensa local são de que pelo mais de 30 pessoas foram mortas em protestos e ataques no mês passado.

No dia 10 de abril, a força de paz da ONU lançou uma ofensiva contra grupos rebeldes que se escondem no bairro PK5, de maioria muçulmana. Nos combates, 28 pessoas morreram. Em um protesto contra a violência, os corpos de 17 das vítimas foram deixados na frente do quartel-general da missão.

A violência começou depois que um membro de um grupo rebelde foi preso. Desde então, vêm ocorrendo trocas de tiros entre esses grupos e militares da ONU.

Leia a nota oficial do Ministério da Defesa

"O Ministério da Defesa, por intermédio da Subchefia de Operações de Paz, informa que, nesta terça-feira, em Bangui, capital da cidade da República Centro-Africana, houve um confronto local no bairro muçulmano PK5. Durante o ataque, uma viatura da Organização das Nações Unidas (ONU), com 2 militares brasileiros, do Estado Maior da Força de Paz da ONU na República Centro Africana (MINUSCA), foi apedrejada, sendo danificada.

Na continuidade da ação, a capitão-de-corveta Márcia Andrade Braga, da Marinha do Brasil, e o tenente-coronel Carlos Henrique Martins Rocha, do Exército Brasileiro, foram feridos. Em seguida, a polícia local agiu e os militares foram deslocados para uma Unidade Médica Nível 2 (atendimento hospitalar de baixa complexidade). A militar da Marinha teve escoriações e ferimentos leves e já recebeu alta. O coronel Rocha teve uma lesão na face e suspeita de traumatismo cranioencefálico, e foi deslocado para uma Unidade Médica Nível 3 (hospital) em Kampala, Uganda.

O estado de saúde do militar do Exército é estável, e está sendo prestada a assistência necessária a seus familiares. Uma equipe da ONU acompanha o atendimento ao coronel e o adido do Exército Brasileiro está a caminho do local. O Ministério da Defesa coordena as ações referente à situação."

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