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Norte-americanas planejam usar Dia da Mulher para protestar contra Trump

Internacional|

Por Peter A Szekely

NOVA YORK (Reuters) - Mulheres norte-americanas pretendem aproveitar o Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira, para faltar ao trabalho e realizar manifestações em todo o país com a expectativa de aproveitar o ímpeto das marchas realizadas um dia após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No evento "Um Dia Sem uma Mulher", aquelas que podem fazê-lo irão se ausentar do trabalho ou da faculdade, como muitos imigrantes fizeram no dia 16 de fevereiro para protestar contra as políticas imigratórias de Trump.

O protesto faz parte de uma série de manifestações anti-Trump realizadas desde o dia posterior à sua eleição, em 8 de novembro. Entre os objetivos dos eventos desta quarta-feira estão chamar atenção para a defasagem nos salários das mulheres.

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"Há anos e anos o 8 de março é o Dia Internacional da Mulher, e tem sido um dia muito, muito feliz, o que é ótimo", disse Terry O'Neill, presidente da Organização Nacional das Mulheres. "Mas o clima político no qual nos encontramos no momento exige que tenhamos poder político".

Os protestos irão visar um decreto de Trump que impede que prestadores de serviços de saúde estrangeiros que recebem financiamento dos EUA ofereçam o aborto como opção, explicou O'Neill.

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No início da manhã desta quarta-feira, Trump usou sua conta pessoal de Twitter para exortar outros a se unirem a ele e homenagear o papel crucial das mulheres nos EUA e em todo o mundo.

"Tenho um tremendo respeito pelas mulheres e pelos muitos papéis que elas desempenham que são vitais para o tecido de nossa sociedade e nossa economia", escreveu o líder republicano.

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Trump vem sendo muito criticado por seus comentários incendiários sobre as mulheres, entre eles um vídeo de 2005 no qual se vangloria de apalpá-las na genitália e uma menção à sua rival democrata, Hillary Clinton, como uma "mulher detestável" durante um debate presidencial.

As norte-americanas recebem em média 79 centavos de dólar para cada dólar pago aos homens, e negras e latinas ainda menos, disse O'Neill. Como as mulheres representam dois terços dos trabalhadores remunerados com salário mínimo, aumentar o valor da hora de trabalho iria diminuir significativamente essa defasagem, argumentou.

O salário mínimo está em 7,25 dólares por hora na esfera federal desde 2009, embora seja maior em muitos Estados.

Os organizadores dos eventos estão tentando repetir as táticas da marcha das mulheres realizada em 21 de janeiro em Washington e em outras cidades.

As mulheres são 47 por cento da força de trabalho do país. Se todas elas faltassem ao emprego, o gesto retiraria quase 21 bilhões de dólares do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, estimou o Centro para o Progresso Americano, de inclinação liberal.

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