A cidade de Nova York viveu uma noite de protestos nesta quarta-feira (3), após a decisão do Grande Júri em não incriminar o policial Daniel Pantaleo pela morte de Eric Garner.
No dia 17 de julho deste ano, Garner morreu ao ser sufocado pelo agente, que lhe aplicou uma gravata.
A vítima era negra e havia sido acusada pela polícia de venda ilegal de cigarros. Munidos de faixas e entoando gritos de protesto contra o racismo e a violência policial, milhares de pessoas foram às ruas.
Além de Nova York, houve manifestações em diversas cidades, como Seattle, Washington, Oakland e Los Angeles. Em confrontos com a polícia, 30 pessoas foram presas.
As ruas de Ferguson, cidade que foi palco de recentes conflitos entre manifestantes e a polícia após a morte do jovem Michael Brown, em agosto, também foram ocupadas por manifestantes. Neste caso, o policial acusado pela morte do jovem de 18 anos também não foi incriminado pelo Grande Júri.
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Mesmo após a absolvição do agente Pantaleo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos vai investigar a morte de Garner. O objetivo é verificar uma eventual violação dos direitos civis no comportamento do policial e nos procedimentos dos outros agentes, que participaram da ação.
O presidente Barack Obama afirmou que manterá seu compromisso em melhorar a relação entre as minorias e os agentes de segurança do país.
"E isso é a inquietação de muitas comunidades de minorias que consideram que as forças da ordem não lidam com eles de maneira justa", disse Obama. No próximo dia 13 será feita uma marcha nacional para pedir a defesa dos direitos civis e contra a violência policial.
O anúncio da manifestação, que será na capital Washington, foi feita pelo líder da comunidade afro-americana Al Sharpton, com a presença dos familiares de Garner, que tinha 43 anos e era asmático.
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