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ONU pede que Indonésia, Malásia e Tailândia recebam os imigrantes ilegais

Internacional|Do R7

Bangcoc, 19 mai (EFE).- Várias agências da Organização das Nações Unidas (ONU) pediram aos governos da Indonésia, Malásia e Tailândia para darem prioridade à vida humana, à dignidade e aos direitos dos imigrantes ilegais que chegam de navios à região, conforme um comunicado divulgado nesta terça-feira. A nota é assinada pelos altos membros da comissão das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), António Guterres, e para os Direitos Humanos (OACDH), Zeid Ra'ad Al Hussein; o diretor-geral da Organização Internacional de Migrações (OIM), William L. Swing, e o representante especial do secretário-geral da ONU para assuntos migratórios, Peter Sutherland. "Pedimos aos Estados da região que protejam as vidas dos que viajam de navio permitindo que desembarquem", destaca o texto, após denunciar as péssimas condições das viagens dos imigrantes que partem de Bangladesh e Mianmar. De acordo com o documento, no Sudeste Asiático, mais de 88 mil pessoas fizeram "uma perigosa viagem por mar desde 2014, incluindo 25 mil só no primeiro trimestre deste ano". Calcula-se que cerca de mil morreram no mar pelas precárias condições e um número igual pelos maus-tratos e as privações nas mãos dos traficantes e dos contrabandistas. O Acnur, o OACDH, a OIM e o representante especial para assuntos migratórios, com o apoio da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), apresentaram um marco de atuação de nove pontos que começa com "salvar vidas humanas". Eles pedem o fim da política de devolver a águas internacionais as embarcações interceptadas, que sejam evitados os centros de detenção de imigrantes ilegais e as medidas punitivas, respeitados os direitos dos imigrantes ilegais e que os traficantes e contrabandistas de seres humanos sejam punidos. As agências também reivindicam que seja analisada a raiz do problema, como a pobreza e a perseguição no país de origem, e que medidas para combater a xenofobia e a discriminação sejam adotadas. O pedido é feito no momento em que mais de 2.500 imigrantes de Bangladesh e os rohingyas de Mianmar são resgatados e desembarcaram na Indonésia e na Malásia nos últimos nove dias. As autoridades da Indonésia, Malásia e Tailândia também rejeitaram vários navios com imigrantes ilegais. O detonante desta onda de imigrantes ilegais foi a decisão da Tailândia de lançar uma operação contra os grupos de traficantes de pessoas, após descobrir vários acampamentos clandestinos nas florestas do sul do país com várias túmulos. A Tailândia convocou para o próximo dia 29 em Bangcoc uma conferência para a qual convidou todos os países e organismos envolvidos na busca de soluções. A Asean é integrada por Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã. EFE zm/cdr

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