Apesar das críticas da indústria de mangás japonesas, a ONU pediu que o país proíba imagens de abuso infantil nos quadrinhos do país. Japão deve proibir imagens sexualmente abusivas de crianças em mangá. Os artistas e empresários do segmento alegam que a medida, proposta pelo enviado especial da ONU sobre a proteção da criança, ameaça a liberdade de expressão. As informações são do jornal britânico The Guardian.
Maud de Boer-Buquicchio elogiou o Japão por ter aprovado, no ano passado, uma lei que proíbe a posse de imagens de abuso infantil. No entanto, ele ressaltou que o artigo contém brechas que permitem a continuidade da exploração.
— Quando se trata de conteúdo pornográfico infantil extremo, o mangá deve ser proibido.
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Apesar da proibição da posse de imagens, o Japão não agradou aos ativistas que pediam que a lei se estendesse também ao multimilionário negócio dos quadrinhos japoneses — os mangás — animações e videogames.
Uma outra autoridade da ONU reconheceu que os artistas e editores japoneses têm dificuldade em "encontrar o equilíbrio certo" entre as liberdades artísticas e a necessidade de proteger as crianças.
— Eu aceito o argumento de que a liberdade de expressão deve prevalecer quando se trata de pornografia adulta.
Antes da aprovação da lei que proíbe a posse de imagens de abuso infantil, o Japão era o único país do G7 onde era legal possuir vídeos, fotografias e outras imagens que retratam crimes sexuais contra crianças — desde que não houvesse intenção de vender o material ou publicá-lo na internet.
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