Cerca de 4.000 beagles que seriam vendidos a laboratórios para experimentos com drogas farmacêuticas foram resgatados em uma instalação no estado da Vírginia, nos EUA, pela U.S. Humane Society, organização de defesa dos animais sem fins lucrativos.
No mês passado, alguns abrigos pelo país começaram a receber os cães, que passarão por exames médicos, vacinas e outros tratamentos antes de serem disponibilizados para adoção.
“Vamos demorar 60 dias para tirar todos esses animais do local e trabalharemos com nossos parceiros de abrigos e de resgate, para que os cachorros possam encontrar um lar feliz", disse Kitty Block, presidente e chefe executivo da U.S. Humane Society.
Em maio, o Departamento de Justiça dos EUA processou a companhia Envigo RMS LLC alegando violações da Lei de Bem-Estar Animal nas instalações em Cumberland, na Virgínia. Em junho, a controladora Inotiv Inc disse que fecharia a instalação. Em julho, a Envigo fez um acordo com o governo, sem pagar nenhuma multa. A Inotiv não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.
Os inspetores do governo descobriram que os beagles doentes estavam sendo mortos em vez de receberem cuidados, além disso negavam comida às cachorras que amamentavam seus filhotes.
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A comida que os animais recebiam continha larvas, mofo e fezes; e durante um período de oito semanas, 25 filhotes de beagle morreram de exposição ao frio, disse a Humane Society em um comunicado. Alguns ficaram feridos quando atacados por outros cães em condições de superlotação, acrescentou.
O esforço de resgate dos beagles começou muito antes, de acordo com Bill Stanley, senador republicano da Virgínia. "Tentei fechar o local em 2019, mas não obtive sucesso. Mesmo assim, ao longo dos anos, nunca paramos de lutar."
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