BRUXELAS (Reuters) - O chefe da Otan disse que a aliança militar não seria forçada a entrar em uma corrida armamentista contra a Rússia, mas salientou que a postura de Moscou na Ucrânia havia forçado a entidade a fortalecer suas defesas.
Os Estados Unidos anunciaram planos nesta semana para estacionar tanques e armamentos pesados em Estados-membros da Otan que fazem fronteira com a Rússia, pouco após o presidente russo, Vladimir Putin, ter dito que Moscou adicionaria 40 mísseis a seu arsenal nuclear.
“Nós não seremos arrastados para uma corrida armamentista, mas devemos manter nossos países seguros”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, a repórteres em um encontro de ministros da Defesa da aliança.
Uma autoridade russa acusou na semana passada a Otan de estar pressionando Moscou para uma corrida armamentista ao aumentar a atividade militar perto de fronteiras da Rússia.
Stoltenberg disse que a decisão dos EUA de estacionar equipamento no leste da Europa foi uma resposta prudente às ações da Rússia.
Ele afirmou que ministros da Defesa concordaram em aumentar o poderio da força de resposta rápida da Otan, incluindo em componentes aéreos, marítimos e de operações especiais. A força agora será composta de até 40 mil efetivos, frente a 13 mil anteriormente.
(Por Adrian Croft e Robin Emmott)