Presidente catalão será denunciado por suposta vinculação à consulta informal

Madri, 19 nov (EFE). - O procurador-geral do Estado espanhol apresentará uma denúncia nesta semana contra o presidente da Catalunha, Artur Mas, por sua vinculação com a consulta informal defensora da soberania que aconteceu no último dia 9 na região. Fontes da Procuradoria informaram nesta quarta-feira que a denúncia será apresentada contra Mas, e também contra a vice-presidente do governo catalão, Joana Ortega, e a conselheira de Educação da Catalunha, Irene Rigau pelos supostos crimes de desobediência, prevaricação, desvio e usurpação de funções na consulta. No dia 9 de novembro, 2,3 milhões de residentes na Catalunha, comunidade autônoma espanhola de 7,5 milhões com habitantes, participaram de uma votação sem caráter vinculativo sobre a eventual soberania do território catalão que o governo espanhol considera ilegal. Esta decisão foi tomada depois que o procurador-geral do Estado, Eduardo Torres-Dulce, conseguiu hoje o apoio da Junta de Fiscais de Sala, órgão de assessoria técnica da Procuradoria, para realizar a denúncia, após a oposição expressada na segunda-feira pelo fiscal superior da Catalunha, José María Romero de Tejada. Depois de mais de quatro horas de reunião, 22 dos integrantes da Junta de Fiscais apoiaram a proposta e dois discordaram da denúncia. Em comunicado divulgado após a reunião, a Procuradoria Geral do Estado explicou que a Junta de Fiscais de Sala manifestou seu apoio "de forma muito majoritária" a formular a denúncia "pelo chamado processo de participação cidadã de 9 de novembro" na Catalunha. Na reunião, apenas os fiscais do Contencioso-Administrativo, Pedro Crespo, e de Segurança Viária, Bartolomé Vargas, manifestaram objeções a apresentação da denúncia, alegando distintas razões de caráter técnico. EFE cng/cdr (foto) (vídeo)