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Presidente da Colômbia questiona liberdade em eleições venezuelanas

Iván Duque afirmou que pleito na Venezuela em novembro não será 'livre' nem 'democrático' e chamou Nicolás Maduro de ditador

Internacional|Do R7

Presidente Iván Duque conversou com a imprensa em visita à França
Presidente Iván Duque conversou com a imprensa em visita à França Presidente Iván Duque conversou com a imprensa em visita à França

As próximas eleições regionais na Venezuela não serão "livres" nem "democráticas", afirmou à AFP nesta quarta-feira (3) o presidente da Colômbia, Iván Duque, que também falou sobre os "desafios" pendentes dos acordos de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e da luta contra o narcotráfico.

“Não serão livres, não serão democráticas”, disse Duque durante entrevista em Paris, referindo-se às eleições venezuelanas marcadas para 21 de novembro, das quais os principais partidos da oposição decidiram participar após anos de boicote.

Para Duque, “é a mesma estratégia que Maduro sempre busca: fraturar um setor da oposição, convidá-lo às eleições, deixá-lo ganhar quatro, cinco ou seis governadores, para que pareça um democrata aos olhos do mundo, e perpetuar sua ditadura".

“Claramente, o renascimento da democracia na Venezuela só vai começar no dia em que Nicolás Maduro deixar o cargo que exerce como ditador”, acrescentou.

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Durante visita-relâmpago à França, depois de participar da 26ª Conferência do Clima da ONU (COP26), em Glasgow, na Escócia, o chefe de Estado colombiano se encontrou com seu par francês, Emmanuel Macron, com quem também discutiu a situação na Venezuela.

O presidente colombiano, cujo mandato vai até agosto de 2022, destacou a visão compartilhada com Macron em aspectos como o combate às mudanças climáticas e garantiu que a relação bilateral "está em seu ponto histórico mais alto".

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O presidente francês prometeu que seu país, junto com seus parceiros da União Europeia, continuará a apoiar "as forças democráticas na Venezuela em seus esforços por conseguir eleições livres e transparentes".

Os dois líderes também abordaram o processo de paz, cinco anos após os acordos entre o governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos e a extinta guerrilha Farc.

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Duque admitiu à AFP ter posições conflituosas, considerando que a "grande maioria" dos ex-combatentes "entrou no caminho da legalidade", com o apoio também das autoridades, mas afirmou que ainda há "desafios" pendentes.

“Acredito que seja necessária uma reparação material e econômica mais efetiva por parte dos perpetradores. Em segundo lugar, não podemos negar as dissidências das Farc”, disse o governante, para quem também falta descobrir a verdade sobre os abusos de menores.

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A Colômbia vive o pior surto de violência desde o desarmamento das Farc. Dissidentes, o ELN (Exército de Libertação Nacional) e grupos armados de origem paramilitar brigam em várias regiões pelos lucros do narcotráfico, da extorsão e da mineração ilegal.

Duque ressaltou na entrevista que não negociará com o ELN até que cessem "todos os atos criminosos" e todos os reféns sejam libertados, pois o contrário significaria "validar" seus "crimes atrozes" como um "mecanismo de pressão sobre o Estado”.

O presidente colombiano afirmou que o combate às drogas passa também pelos países consumidores. "Quantas campanhas de dissuasão eles estão fazendo? Quantas prisões estão fazendo contra os traficantes de drogas em muitos dos países mais desenvolvidos?", questionou Duque, que defendeu a "corresponsabilidade" nessa luta.

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