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Presidente de Portugal defende investigação sobre abusos dentro da Igreja Católica

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que não obter respostas sobre possíveis crimes dentro da instituição fará com que ela apodreça

Internacional|

Rebelo de Sousa ressaltou importância de comissões que investiguem a Igreja Católica
Rebelo de Sousa ressaltou importância de comissões que investiguem a Igreja Católica Rebelo de Sousa ressaltou importância de comissões que investiguem a Igreja Católica

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou que é um "erro" não buscar a verdade sobre casos de abuso dentro da Igreja Católica portuguesa e lembrou que não obter a verdade vai acabar "apodrecendo" a instituição.

"É um erro não ver que, para a sociedade como um todo e para a instituição, o que vale é antecipar a busca da verdade e, se não o fizerem, vão apodrecer e morrer pensando que estão vivos", disse o presidente nesta sexta-feira (5).

Rebelo de Sousa, que fez essas declarações depois de se reunir no Palácio de Belém com a comissão especializada que estuda casos de pedofilia na Igreja portuguesa, acrescentou que "todos aqueles que são crentes [...] entendem que uma instituição só vence com verdade e transparência".

O presidente também fez um apelo às vítimas para que usem "seu direito de denunciar" tanto junto às autoridades judiciárias e policiais quanto à própria comissão, que aceita depoimentos anônimos.

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O mandatário mostrou seu apoio à comissão, criada no início do ano pela Conferência Episcopal Portuguesa, pois vem desempenhando "um papel fundamental" e conseguiu desbloquear "um tabu" na sociedade portuguesa, que permitirá às pessoas não ter "medo" de denunciar.

Lembrou que essa equipe apresentará um relatório final com dados e recomendações a seguir no fim do ano e considerou que “provavelmente será necessário que haja uma comissão contínua que colabore com o papel da Justiça”.

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O líder português realizou essa reunião poucos dias depois de uma polêmica que envolve a Igreja Católica do país, após o jornal Observador ter revelado que o Patriarcado de Lisboa não apresentou queixa à polícia por suposto abuso sexual de um menor no fim da década de 1990.

O padre denunciado nesse caso permaneceu ativo com funções na capelania de um hospital.

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Em 2019, o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, voltou a se reunir com essa vítima, que “não quis divulgar o caso”, alegou o cardeal em uma carta aberta divulgada na semana passada, na qual defendeu que “foi tomada uma decisão tendo em conta as recomendações civis e canônicas em vigor".

Além disso, a comissão que investiga os casos de abuso já recebeu mais de 350 denúncias, e uma investigação jornalística publicada hoje pelo jornalExpresso acrescenta que, além de Clemente, pelo menos dois bispos ocultaram da polícia e do Ministério Público queixas sobre abuso infantil.

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