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Presidente do Equador lamenta protestos antes da visita do Papa

Internacional|

QUITO (Reuters) - Às vésperas da chegada do Papa Francisco ao seu país, o presidente do Equador, Rafael Correa, lamentou neste sábado protestos "covardes" contra seu governo, que considera terem a intenção de estragar a primeira perna da passagem do pontifície pela América do Sul.

Milhares de manifestantes estão há semanas tomando as ruas do Equador por causa de aumento de impostos e uma suposta autocracia do governo. Os protestos se transformaram em tumulto diante do palácio presidencial na quinta-feira, com vários policiais feridos.

"Chega de tanta violência, tanta convardia", disse Correa, um líder esquerdista carismático de 52 anos no comando da nação desde 2007, em um discurso de quatro horas.

Correa disse que o ajuste fiscal afeta apenas os super-ricos e que os inimigos políticos estão tentando derrubar o seu governo. No seu programa, o presidente equatoriano mostrou imagens de manifestantes batendo nos escudos da polícia.

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"Como é triste termos que falar sobre isso antes da chegada do Papa", acrescentou o presidente, cujo programa semanal na televisão incluiu um jingle para comemorar a visita de Francisco.

O pontifície argentino fará uma visita ao Equador, Bolívia e Paraguai entre 5 e 13 de julho, na primeira viagem do Papa à parte que fala espanhol da América do Sul e também sua primeira visita desde uma histórica encíclica em defesa do meio-ambiente.

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PROTESTOS PARA O PAPA

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Os líderes do protesto pediram uma moratória durante os quatro dias do Papa no Equador em respeito a ele.

Um deles, Andres Paez, foi citado por Correa no sábado por incitar a violência, uma alegação que o legislador de oposição negou.

"As acusações são uma barbaridade", disse Paez, em uma entrevista enquanto Correa falava, acusando o presidente de explorar a visita do Papa para misturar mensagens de boas vindas com críticas aos seus adversários domésticos.

"Esse é um governo que fez exatamente o oposto do que ofereceu oito anos e meio atrás", acrescentou Paez, chamando Correa de um autocrata que ignora o povo.

Comemorado pelos seus eleitores como um campeão dos pobres, mas criticado por ter um estilo dos antigos "caudilhos" da América do Sul, Correa foi eleito em 2006 prometendo espalhar a riqueza pelo país de forma mais justa e proteger as riquezeas naturais.

Cartazes e outdoors, alguns com frases do Papa, aparecem em toda a cidade de Quito para celebrar a chegada de Francisco. Alguns equatorianos planejam acampar na praça principal da cidade para recebê-lo.

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