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Principal opositor de Maduro denuncia tortura em presídio

Anistia Internacional já exigiu que caso seja investigado

Internacional|Da Ansa

"A ditadura assassina [do presidente] Nicolás Maduro está matando meu marido", disse Lilian Tintori
"A ditadura assassina [do presidente] Nicolás Maduro está matando meu marido", disse Lilian Tintori "A ditadura assassina [do presidente] Nicolás Maduro está matando meu marido", disse Lilian Tintori

Cresce cada vez mais a preocupação sobre a integridade física e mental do opositor venezuelano Leopoldo López, que através de um vídeo divulgado na semana passada afirmou estar sendo torturado no presídio militar de Ramo Verde, perto de Caracas, onde cumpre uma pena de quase 14 anos.

"A ditadura assassina [do presidente] Nicolás Maduro está matando meu marido. Ontem ele denunciou e hoje não me deixam vê-lo. Exijo vê-lo", disse a ativista e mulher do opositor, Lilian Tintori.

Segundo a venezuelana, ela está há dias na prisão, mas "não deixam passar nem os guardas, nem os médicos, nem o advogado" e nem ela.

No final da semana passada, Tintori divulgou um vídeo de 26 segundos no qual se escuta Lopéz pedindo a ela que denuncie as torturas que estão sendo cometidas contra ele.

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"Lilian, estão me torturando! Denunciem, denunciem", pode se ouvir da gravação.

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Segundo a ativista, o opositor, que cumpre pena por vários supostos delitos, como o de ter ligação aos atos de violência que aconteceram em uma marcha anti-chavista em fevereiro de 2014 em Caracas que deixou três mortos, está a 78 dias exilado e sem comunicação.

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Já o advogado de defesa de López, Juan Carlos Gutiérrez, disse que o líder opositor venezuelano não é "uma pessoa que diz coisas que não aconteceram" e ressaltou que "a tortura é um crime que fere a humanidade". "Deve-se fazer uma investigação profunda, as autoridades têm que dar uma resposta", disse. 

A situação de López, que segue incerta já que autoridades do país latino negam ter realizado qualquer tortura, chamou a atenção da Anistia Internacional, que pediu que a denúncia do venezuelano seja investigada "de forma imediata".

"A Anistia Internacional faz um chamado para que as autoridades venezuelanas investiguem de forma imediata as denúncias de tortura realizadas pelo prisioneiro Leopoldo López no dia 23 de junho de 2017", afirma comunicado divulgado em Caracas.

Além disso, a organização também exigiu que todos os funcionários do presídio parem "qualquer ato que ponha a integridade física e psicológica em risco" e deem "imediatamente uma constatação da situação".

No entanto, horas depois do vídeo de López ter sido divulgado, o jornal local Últimas Notícias publicou uma extensa matéria sob o título "Leopoldo López está bem", na qual mostra várias fotos e um vídeo do opositor supostamente recebendo tratamento médico e sendo alimentado, querendo assim negar a acusação de tortura.

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