Protestos contra comerciantes chineses em Hong Kong acaba em detenções

Pequim, 2 mar (EFE).- Um total de 33 pessoas foram detidas em Hong Kong por protagonizar incidentes violentos em uma manifestação no domingo contra a entrada de comerciantes chineses na ex-colônia britânica, informou a Polícia desse território em comunicado. Os detidos no protesto, na qual participaram duas centenas de pessoas em sua maioria jovens, são acusados de delitos como posse de armas, ataque a policiais, obstrução do trabalho das forças de segurança e desordem pública, acrescenta a nota oficial. Segundo a informação, alguns dos manifestantes protagonizaram confrontos contra grupos de curiosos, lançaram objetos ou tentaram bloquear o trânsito na área de Yuen Long, perto da linha fronteiriça com o resto da China. As tensões aumentaram quando a Polícia tentou dispersar os manifestantes com gás de pimenta e fez uso de seus cassetetes para deter alguns incidentes violentos, nos quais houve vários feridos, entre eles cinco policiais e um fotógrafo da imprensa local. Segundo a Polícia, as detenções poderiam aumentar nas próximas horas, enquanto prosseguem as investigações dos incidentes. Os detidos até agora são 31 homens e duas mulheres. A manifestação, a terceira deste tipo que se convoca na ex-colônia britânica nas últimas semanas, foi organizada para protestar contra a grande afluência de comerciantes chineses que passam a fronteira para comprar artigos e revendê-los na parte continental. Hong Kong é parte da China desde 1997 mas mantém independência em matéria econômica. EFE abc/ma