O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado (5), durante uma reunião com comissárias da companhia aérea russa Aeroflot, que a decisão de realizar uma ofensiva militar na Ucrânia foi "difícil". O Kremlin disse ainda que não planeja introduzir a lei marcial na Rússia, em resposta a rumores insistentes nesse sentido após o início do conflito na Ucrânia.
"Disse isso no começo da operação e antes que a decisão fosse tomada. Uma decisão difícil, sem nenhuma dúvida", declarou Putin.
"A lei marcial se aplica [...] em caso de agressão, especialmente nas regiões onde ocorreram combates. Não temos tal situação, e espero que isso não aconteça", disse o presidente.
Havia rumores na Rússia de uma possível mobilização e da introdução da lei marcial. "Há tentativas de desestabilizar a sociedade", declarou.
Segundo o líder russo, apenas soldados e oficiais profissionais estão envolvidos em operações militares na Ucrânia, e o Kremlin não planeja convocar o contingente de reservistas.
A Aeroflot foi duramente atingida pelas sanções ocidentais impostas contra a Rússia desde que suas tropas entraram na Ucrânia, em 24 de fevereiro.