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Putin instaura lei marcial nos territórios da Ucrânia que a Rússia anexou

Medida passa a valer ainda nesta semana nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia

Internacional|Do R7, com AFP e EFE

Presidente da Rússia ordenou instauração da lei marcial em regiões anexadas da Ucrânia
Presidente da Rússia ordenou instauração da lei marcial em regiões anexadas da Ucrânia Presidente da Rússia ordenou instauração da lei marcial em regiões anexadas da Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a instauração da lei marcial nos quatro territórios da Ucrânia que Moscou afirma ter anexado em setembro: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia.

"As leis constitucionais sobre a entrada dos quatro territórios na Federação Russa já entraram em vigor. O regime de Kiev, como é bem conhecido, recusa-se a reconhecer a vontade e a escolha do povo", disse Putin no início da reunião do Conselho de Segurança da Rússia.

O Kremlin publicou um decreto que determina a entrada em vigor da lei marcial nos quatro territórios a partir de quinta-feira (20).

O presidente russo também acusou as autoridades ucranianas de recorrer a "métodos terroristas" contra a população dos territórios ocupados no leste e sul da Ucrânia.

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Quando a lei marcial entrar em vigor nas regiões determinadas por Moscou, as leis militares substituirão a administração local e a Justiça. Dessa forma, os poderes serão concentrados em membros de alta patente do Exército russo.

Putin anunciou a medida em uma reunião de seu Conselho de Segurança exibida pela televisão.

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O Kremlin publicou em seguida um decreto que confirma a entrada em vigor da lei marcial nos quatro territórios a partir de quinta-feira (20).

"Assinei um decreto para introduzir a lei marcial nestas quatro entidades da Federação da Rússia", afirmou Putin na reunião do Conselho Nacional de Segurança. Moscou anunciou a anexação das regiões após referendos organizados no fim de setembro e condenados pela comunidade internacional.

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O presidente russo fez a revelação da lei marcial em um momento de avanço das tropas ucranianas nos territórios controlados por Moscou.

"O regime de Kiev se nega a reconhecer a vontade da população, rejeita qualquer proposta de negociação, os disparos continuam e há civis morrendo", afirmou o chefe de Estado russo, de 70 anos.

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Putin também acusou a Ucrânia de recorrer a "métodos terroristas". "Estão enviando grupos de sabotadores ao nosso território", disse.

Ele afirmou que Moscou impediu outros ataques depois do registrado na ponte da Crimeia, "incluindo um contra nossa instalações de energia nuclear".

A lei marcial permite reforçar toques de recolher, limitar deslocamentos, impor a censura às telecomunicações, proibir reuniões públicas e até deter estrangeiros, entre outras medidas.

Escalada da guerra

Nesta quarta-feira (19), as autoridades russas instaladas em Kherson, uma das quatro regiões ocupadas, anunciaram que os civis serão retirados de algumas áreas por conta do risco de um ataque ucraniano.

O confronto entre tropas russas e ucranianas se intensificaram na última semana, quando uma onda de bombardeio atingiu diversas cidades da Ucrânia, inclusive Kiev, que estava há meses sem ser atacada.

Na última segunda-feira (17), os ucranianos voltaram a ser surpreendidos com ataques que tinham como alvo a infraestrutura do país. Segundo o presidente Volodmir Zelenski, 30% das usinas elétricas estão danificadas. 

Os recentes ataques ordenados por Moscou utilizaram drones suicidas, também chamados de drones kamikaze, em que o próprio equipamento é lançado contra um alvo em vez de disparar bombas.

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