Nos últimos dias, "quase 500 civis" foram retirados da cidade de Mariupol, que se encontra sob cerco e bombardeio por parte das tropas russas — informaram autoridades ucranianas nesta sexta-feira (6).
"Conseguimos retirar quase 500 civis", disse o chefe de gabinete da Presidência ucraniana, Andrii Yermak, no aplicativo Telegram.
"A Ucrânia continuará fazendo todo o possível para salvar todos os civis e militares bloqueados na siderúrgica Azovstal", garantiu.
As retiradas promovidas pela ONU começaram no fim de semana passado e vão continuar nesta sexta-feira, disse à AFP a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
Azovstal é um imenso complexo metalúrgico cheio de passagens subterrâneas, nas quais se encontram entrincheirados, há semanas, os últimos combatentes que resistem às forças russas nessa cidade no sul da região do Donbass. Esse território é crucial para o avanço das ambições russas na Ucrânia.
Na quinta-feira (5), a ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciaram o envio de um novo comboio para Azovstal, onde há cerca de 200 civis e várias centenas de soldados, alguns deles feridos.
Leia também
"Hoje (sexta-feira), estamos concentrados no Azovstal", informou Vereshchuk, acrescentando que "a operação está começando neste momento. Oremos para que tenha êxito".
Horas antes, a vice-primeira-ministra havia afirmado que os habitantes de Mariupol foram chamados para se concentrarem às 10h GMT (7h, no horário de Brasília), em frente a um shopping local, para serem retirados da cidade.