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Relatório do Senado americano questiona técnicas usadas em interrogatórios da CIA 

Métodos de tortura foram usados por membros da agência no combate ao terrorismo

Internacional|Do R7, com Ansa e EFE

A democrata Dianne Feinstein, líder da Comissão de Inteligência do Senado americano, apresentou o relatório nesta terça-feira (9)
A democrata Dianne Feinstein, líder da Comissão de Inteligência do Senado americano, apresentou o relatório nesta terça-feira (9) A democrata Dianne Feinstein, líder da Comissão de Inteligência do Senado americano, apresentou o relatório nesta terça-feira (9)

O relatório do Senado norte-americano divulgado nesta terça-feira (9) aponta que as "técnicas reforçadas" utilizadas pela CIA ao interrogar suspeitos de terrorismo "não foram eficazes" e nem levaram a resultados concretos.

O relatório da Comissão de Inteligência do Senado aborda detalhadamente o uso de controvertidos processos de interrogatório em suspeitos e membros da Al Qaeda retidos em instalações secretas na Europa e na Ásia nos oito anos posteriores aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Governo Obama

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, confirmou que o governo de Barack Obama apoia "categoricamente" a divulgação desse relatório desclassificado, no qual a Comissão de Inteligência do Senado trabalha desde 2009.

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"A administração está há meses se preparando para a publicação deste relatório. Há algumas indicações que essa divulgação poderia levar a um maior risco para as instalações e indivíduos americanos no mundo todo", disse Earnest em sua entrevista coletiva diária.

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"Por isso, a administração deu os passos prudentes para garantir a implementação das precauções adequadas de segurança nas instalações americanos no mundo todo", acrescentou o porta-voz.

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Segurança reforçada

O Pentágono emitiu na última sexta-feira (5) uma diretriz aos comandantes militares no mundo todo para que permaneçam em alerta especial pela publicação do relatório, disse o porta-voz do Departamento de Defesa, o coronel do Exército Steve Warren.

"Certamente há uma possibilidade de a publicação deste relatório provocar agitação e, portanto, o Estado-Maior Conjunto ordenou os comandantes combatentes que tomem as medidas adequadas de proteção das forças", assinalou Warren.

No mesmo sentido, o Departamento de Estado instruiu na quinta-feira (6) os chefes das missões diplomáticas no mundo todo "a revisar os protocolos de segurança da missão antes da publicação do relatório", afirmou a porta-voz da diplomacia americana, Jen Psaki.

O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Rogers, previu no domingo (7) que a publicação do relatório do comitê do Senado causará "violência e mortes" no exterior.

A Comissão de Inteligência do Senado decidiu em abril desclassificar um sumário de 480 páginas do relatório de 6.200 páginas, recopilado pelos democratas do comitê.

Segundo fontes familiarizadas com o documento citadas pelo jornal Washington Post, o documento conclui que a CIA exagerou no Congresso e o Departamento de Justiça a utilidade de técnicas como o afogamento simulado.

A CIA defendeu seu passado e, no início deste ano, acusou membros das equipes dos senadores de acessar informação ilegalmente, enquanto o Comitê, presidido pela democrata Dianne Feinstein, acusou a agência de ter os espionado.

O secretário de Estado, John Kerry, ligou na semana passada para Feinstein para refletir sobre a divulgação do relatório, levando em conta "as implicações na política externa" do país, o combate contra o EI (Estado Islâmico) e a segurança dos americanos sequestrados no mundo, explicou Psaki.

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