Republicanos pedem investigação de uso de e-mail de Hillary em temas oficiais

Washington, 5 mar (EFE).- O Comitê Nacional Republicano (RNC) pediu nesta quinta-feira que o inspetor geral do Departamento de Estado investigue o uso que Hillary Clinton fez de sua conta privada para conduzir assuntos oficiais quando era secretária de Estado e se essa prática violou as normas do órgão. O assessor principal do RNC, John Phillippe, escreveu uma carta às autoridades para pedir que a investigação foque se Hillary violou as políticas do Departamento ao fazer uso de sua conta privada ou se fez com que o departamento descumprisse sua obrigação de arquivar as comunicações. "Os americanos merecem saber se as ações de um de seus funcionários públicos de alta categoria violaram a lei federal", escreveu o republicano. Phillippe pediu que o governo atue com transparência e responsabilidade e pediu o esclarecimento de tudo o que for relativo a este assunto. Clinton, mais que provável candidata democrata às eleições presidenciais do ano que vem, utilizou sua conta de e-mail pessoal para discutir assuntos governamentais durante os quatro anos em que foi secretária do Departamento de Estado. Ontem à noite Clinton solicitou através de sua conta no Twitter que seus e-mails sejam tornados públicos para eliminar qualquer sombra de dúvida. Diante do pedido, um porta-voz do Departamento de Estado indicou hoje que, essa publicação pode demorar meses, pois é necessário revisar o conteúdo de todos os e-mails e eliminar qualquer tipo de informação que possa ser sensível se for tornada pública. A lei americana obriga que todas as comunicações dos funcionários do governo fiquem arquivadas em suas respectivas agências e departamentos. Segundo o Departamento de Estado, Hillary enviou todas suas comunicações com seu e-mail privado para cumprir a norma. A Casa Branca, por sua vez, não considerou que Hillary Clinton tenha descumprido suas obrigações como funcionária ao usar seu e-mail privado quando era secretária de Estado. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, assinalou que, em termos gerais, o comportamento de Clinton "esteve de acordo com os requerimentos da lei de registros federais".EFE rg/cd