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Rússia conclui mobilização de 300 mil soldados para lutar na Ucrânia

O anúncio foi feito nesta sexta (28) por Putin em cadeia nacional de TV; mais de 40 mil reservistas já foram integrados às unidades

Internacional|

Militar russo se dirige a reservistas em ponto de encontro para que se juntem à mobilização parcial
Militar russo se dirige a reservistas em ponto de encontro para que se juntem à mobilização parcial Militar russo se dirige a reservistas em ponto de encontro para que se juntem à mobilização parcial

A Rússia anunciou nesta sexta-feira (28) que concluiu a mobilização de 300 mil reservistas e que 41 mil já foram integrados a unidades na Ucrânia, o que mostra a vontade do presidente Vladimir Putin de recuperar a iniciativa militar, depois dos últimos reveses de suas tropas.

O anúncio acontece no momento em que o Exército ucraniano se prepara para uma batalha feroz para recuperar a localidade ocupada de Kherson, no sul do país.

Em resposta à contraofensiva, nas últimas semanas a Rússia bombardeou instalações energéticas, o que obrigará a Ucrânia a estabelecer um racionamento de eletricidade "sem precedentes" para evitar um "apagão completo" na província (oblast) de Kiev, anunciou um operador ucraniano.

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"A tarefa de recrutamento de 300 mil pessoas foi cumprida", informou o ministro de Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, ao lado de Putin, em um pronunciamento na televisão.

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Shoigu detalhou que 82 mil novos recrutas foram enviados à Ucrânia e que 41 mil já estão integrados às unidades militares. Os outros 218 mil estão recebendo treinamento na Rússia.

Em 21 de setembro, Putin anunciou uma mobilização parcial para reforçar os contingentes russos na operação lançada na Ucrânia no fim de fevereiro.

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A convocação provocou um êxodo de homens e alguns protestos na Rússia. Putin elogiou os soldados mobilizados e ressaltou a "dedicação ao dever" e o"patriotismo" dos russos.

Batalha de Kherson

As autoridades instaladas por Moscou afirmaram que tinham concluído a retirada de civis da província de Kherson.

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"O trabalho de organizar a saída dos moradores [...] para regiões seguras na Rússia terminou", disse, na quinta-feira (27), Sergei Aksionov, chefe do Executivo da Crimeia, península vizinha a Kherson anexada em 2014 pela Rússia.

A operação, que a Ucrânia classifica de "deportação", busca transformar Kherson em uma "fortaleza" diante da contraofensiva das tropas de Kiev.

A província, anexada no mês passado por Moscou, tinha cerca de 1 milhão habitantes — 288 mil na capital — antes de ser ocupada pelas tropas russas nas primeiras semanas do conflito.

Um funcionário da ocupação russa de Kherson, Vladimir Saldo, afirmou na quarta-feira (26) que pelo menos 70 mil moradores conseguiram deixar sua residência em menos de uma semana.

Contudo, o comando militar ucraniano indicou nesta sexta que "a chamada 'evacuação' do território ocupado temporariamente de Kherson continua".

O presidente da república russa da Chechênia, Ramzan Kadyrov, cujas forças estão lutando na Ucrânia, assinalou na quinta-feira que 23 de seus soldados morreram no início desta semana em um bombardeio ucraniano nos arredores dessa cidade.

Restrições de eletricidade 'sem precedentes'

Nas últimas semanas, a Rússia multiplicou os bombardeios contra infraestruturas energéticas ucranianas, o que obrigou grande parte do país a fazer racionamento de eletricidade.

Essas restrições vão se intensificar para um nível "sem precedentes" nos próximos dias na província de Kiev, para evitar um "apagão completo", indicou a operadora ucraniana de energia DTEK.

Nesta sexta, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, afirmou que 4 milhões de ucranianos foram afetados pelos cortes de energia, decididos para mitigar o impacto dos bombardeios russos a infraestruturas de energia do país.

"Muitas cidades e distritos do nosso país adotam cortes para estabilizar" a situação, disse Zelensky em seu informe vespertino diário. "Cerca de 4 milhões de ucranianos são confrontados atualmente com essas restrições", acrescentou.

Trata-se da cidade de "Kiev e região" e das províncias de Zhitomir (centro-oeste), de Poltava, Cherkasy e Kirovogrado (centro), de Rivne (oeste), de Kharkiv (leste), e de Chernigov e Sumy (norte), detalhou.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam a Rússia de ter usado drones de fabricação iraniana nesses ataques, algo que tanto Moscou como Teerã negam.

Também nesta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu ao chanceler iraniano que interrompesse "de imediato" a entrega de armas para Moscou.

No campo de batalha, as autoridades ucranianas denunciaram hoje que os bombardeios russos danificaram dois edifícios residenciais e uma padaria em Mykolaiv, no sul, deixando um ferido.

No leste, na província de Donetsk, cinco pessoas morreram e nove ficaram feridas nas últimas 24 horas, especialmente em Bakhmut, que as forças russas tentam conquistar, indicou o governador regional ucraniano, Pavlo Kyrylenko.

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