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Silêncio de Chávez persiste após seu retorno à Venezuela

Internacional|

Caracas, 19 fev (EFE).- O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, segue hospitalizado em Caracas após retornar de Cuba, mas a ausência de áudio, fotos e vídeos do líder estimulou a oposição a preparar-se para eventuais eleições antecipadas. Sem qualquer novo boletim sobre o seu estado de saúde, Chávez completou nesta terça-feira as primeiras 24 horas de internação no Hospital Militar de Caracas, que tenta manter a normalidade na entrada e saída de pacientes perante o olhar de membros da Guarda de Honra presidencial e agentes da Polícia, segundo constatou a Agência Efe. Quem quis visitar Chávez hoje foi o presidente da Bolívia, Evo Morales, durante a escala de um voo para os Estados Unidos, mas o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informou que o líder só se reuniria com alguns familiares. "Tenho muita vontade de vê-lo, mas não queremos prejudicar sua recuperação. O povo boliviano está alegre, contente e feliz pelo retorno de Chávez à Venezuela", declarou Morales à emissora "Telesur". Morales se reuniu com Maduro e com o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, líderes do que chamou de "Estado-Maior da Revolução Bolivariana", lhes desejou força e disse que a Bolívia está ao seu lado. "A liderança de Chávez é indiscutível em toda a América Latina", disse Morales ao desejar que seu colega e aliado, de 58 anos e no poder desde 1999, se recupere do câncer diagnosticado em junho de 2011. Desde que foi operado pela quarta vez, em 11 de dezembro, Chávez teve um longo pós-operatório no qual houve complicações como consequência de uma hemorragia e uma infecção pulmonar que provocou uma insuficiência respiratória. À margem das questões médicas, o seu retorno reabriu a discussão sobre onde e quando deve acontecer o ato de juramento para o período 2013-2019, conquistado no pleito de outubro passado, uma cerimônia que pode até mesmo ser realizada em seu quarto no hospital. Constitucionalistas consideram que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que deverá tomar o juramento de Chávez, pode constituir-se em qualquer ponto do território nacional e que a condição de magistrados dos seus integrantes daria por si só o caráter público do ato, independentemente de onde aconteça. Enquanto o chavismo sustenta que o presidente fará seu juramento "quando estiver bom e são", a oposição insiste que o ato deve acontecer já, uma vez que a sua data original, segundo a Constituição, era 10 de janeiro. O TSJ sentenciou em 9 de janeiro que Chávez poderia jurar o novo mandato assim que se recuperar, por considerar esse processo uma formalidade desnecessária para um presidente reeleito. Para o advogado constitucionalista Gustavo Tarre, "o imenso disparate" que, na opinião expressada à Efe, significou tal sentença, montou um cenário no qual Chávez pode jurar o novo mandato "mais ou menos quando quiser". Adicionalmente, o partido democrata-cristão Copei pediu à MUD, a plataforma que aglutina a oposição a Chávez, que defina já o candidato que enfrentará Maduro no caso de eleições antecipadas. "Não podemos esperar o desenlace da situação do presidente e a convocação de eleições para começar o debate sobre quem deve ser o candidato", disse o presidente do partido, Roberto Enríquez. A realização de eleições presidenciais antecipadas está prevista na Venezuela em caso de morte, renúncia ou incapacidade física ou mental do governante, entre outras causas. Enríquez lembrou que em dezembro Chávez pediu aos seus seguidores que votassem em Maduro caso seu estado de saúde o impedisse de seguir governando, pelo que reivindicou à aliança opositora que aja "com velocidade em virtude de que o próprio presidente anunciou preventivamente" qual era o seu candidato. EFE arv/pa (foto) (vídeo)

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