Os sindicatos da França ameaçaram nesta sexta-feira (24) ações industriais nos próximos meses, enquanto buscam uma maneira de forçar o presidente Emmanuel Macron a abandonar a maior reforma do sistema previdenciário do país desde a Segunda Guerra Mundial.
Os sindicatos estão em uma batalha contra Macron desde o início de dezembro em decorrência da proposta do governo de rever os generosos benefícios previdenciários. O ex-banqueiro de investimentos fez algumas concessões aos sindicatos, mas se recusa a abandonar a reforma.
Nesta sexta, os sindicatos levaram milhares de manifestantes às ruas para uma sétima rodada de manifestações em todo o país, mas suas ações em larga escala têm perdido força e eles estão cada vez mais recorrendo a atos de força para causar interrupções.
"Nossa determinação permanece intacta", disse Yves Veyrier, chefe do sindicato Force Ouvriere, a repórteres, antes de uma marcha nas ruas de Paris. "Temos semanas, meses de protestos pela frente."
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Macron quer otimizar a configuração existente de 42 planos de pensão diferentes, cada um com seus próprios níveis de contribuições e benefícios, em um único sistema que ofereça a cada aposentado os mesmos direitos para cada euro contribuído.
Os diversos benefícios especiais impedem a mobilidade no emprego, diz Macron, para quem a reforma é central em seu esforço para criar um mercado de trabalho mais flexível.
Os opositores da reforma afirmam que ela exigirá que as pessoas trabalhem mais por uma pensão completa.