Podem ser necessários mais cinco anos para transferir os desabrigados pela tragédia nuclear de Fukushima, no Japão, dos centros de acolhimento onde vivem até hoje para moradias permanentes.
Atualmente, 59 mil pessoas estão abrigadas em estruturas pré-fabricadas para receber os desalojados pela catástrofe de 11 de março de 2011. Segundo uma investigação da agência "Kyodo", as operações para entrega das habitações fixas só devem terminar em 2021, uma década depois do desastre.
Ao contrário do terremoto de Kobe, em 1995, quando a realocação dos desabrigados levou cinco anos, o tsunami em Fukushima provocou graves erosões no solo, diminuindo a disponibilidade de áreas habitáveis. Além disso, as ondas causaram um vazamento na central nuclear da província, no maior desastre do tipo desde Chernobyl, em 1986.