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Todos se dizem vencedores após acordo 'histórico' da UE

Países que precisavam de ajuda por conta da crise gerada pela pandemia conseguiram recursos e os demais vão conseguir controlar os gastos

Internacional|Da EFE

Presidentes e primeiros-ministros comemoraram apr
ovação de pacote de estímulo
Presidentes e primeiros-ministros comemoraram apr ovação de pacote de estímulo Presidentes e primeiros-ministros comemoraram apr ovação de pacote de estímulo

"Hoje mostramos que o projeto europeu funciona porque, quando pensávamos que era impossível, houve uma saída graças ao respeito e à cooperação", disse nesta terça-feira (21) o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ao fim da cúpula europeia para decidir um pacote em resposta à crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

Leia também: União Europeia tenta acordo para estimular recuperação pós-covid

Qualificada por todos os países como "histórica", esta cúpula, a segunda mais longa da UE depois da de Nice, em 2000, saiu uma chuva de 750 bilhões de euros (cerca de R$ 4,47 trilhões) para ajudar os países mais afetados pela pandemia, por meio da emissão de títulos de dívida.

Além de "histórica", todos os participantes estão satisfeitos: os mais atingidos porque receberão uma grande quantidade de dinheiro que vai lhes ajudar a se recuperar, os países que contribuíram para o fundo porque dizem que colocaram as condições que quiseram para que os países afetados usem esses recursos.

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Quem vai receber mais dinheiro do fundo

Itália: o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, afirmou que "é um momento histórico para a Europa e para a Itália. Estamos satisfeitos, pois aprovamos um ambicioso plano de recuperação apropriado para a crise que estamos vivendo". O país vai receber cerca de 209 bilhões de euros (mais de R$ 1,2 trilhão).

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Espanha: o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, falou de um "grande acordo para a Europa e para a Espanha", que escreve uma das páginas "mais brilhantes da história da União Europeia". Segundo ele, seu país vai receber exatamente a quantia que precisava, cerca de 140 bilhões de euros (o equivalente a R$ 835 bilhões).

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Portugal: o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, disse que o acordo dá "um importante sinal de confiança para o esforço de recuperação econômica e social" diante da crise do coronavírus. Ele diz que Portugal terá à disposição "mais de 45 bilhões de euros (cerca de R$ 268 bilhões) para os próximos sete anos".

França: o presidente francês, Emmanuel Macron, falou de "uma mudança histórica na Europa e na zona do euro" ao compartilhar a capacidade de despesas e abrir a perspectiva para recursos próprios. O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, afirmou que a França receberá 40 bilhões de euros (cerca de R$ 238 bilhões) em recursos.

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Grécia: o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, assegurou que essa "é uma oportunidade histórica para a Grécia e a Europa darem um enorme passo adiante e não temos a intenção de desperdiçá-la". O país deve receber em torno de 70 bilhões de euros (cerca de R$ 417 bilhões) do fundo de recuperação.

A Alemanha, que vai gerir as transações

A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que essa é uma resposta "de uma Europa unida" diante de uma situação que precisava de "respostas extraordinárias".

"O bloco demonstrou ser capaz de agir nesta situação", disse ela. A Alemanha vai ajudar a coordenar o fundo e espera receber 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,7 bilhões) em fundos especialmente para o desenvolvimento de seu setor agrícola.

Os chamados "econômicos"

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, considerou que com o acordo "os interesses holandeses estão bem protegidos". Ele se disse satisfeito com o resultado da cúpula porque se trata de "um pacote integral e bom" para os países mais afetados pela covid-19 e comemorou que, no fim das contas, "nos casos mais extremos, é possível apertar o freio de emergência se esses países não fizerem o suficiente".

O chanceler da Áustria, o conservador Sebastian Kurtz, celebrou o fato de que foi possível estabelecer um "controle muito estrito" do uso das ajudas financeiras. Para ele, foi possível chegar a um acordo sobre o marco financeiro e "conseguir uma resposta adequada à crise do coronavírus".

A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, qualificou como "bom para a Finlândia" o acordo da União Europeia. O parlamento de seu país havia rejeitado em junho a proposta inicial da Comissão Europeia e questionado a legalidade da fórmula de empréstimos e ajudas a fundo perdido que constavam do plano.

Por sua vez, o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, disse que "conseguimos um bom acordo para a Suécia, no momento em que a Europa enfrenta grandes desafios. Com o pacote de recuperação, estamos melhor equipados para administrar essa crise e seus efeitos econômicos."

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Fredriksen, disse que "juntos conseguimos resultados que são bons tanto para o bloco como para nosso país. As noites sem dormir valeram a pena".

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