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Últimos pedidos de clemência são feitos para condenados à morte na Indonésia

Internacional|

Sydney (Austrália), 27 abr (EFE).- Austrália e Filipinas tentam nesta segunda-feira (data local) salvar seus cidadãos no corredor da morte por narcotráfico na Indonésia com os últimos pedidos de clemência antes de serem realizadas as execuções previstas para a terça-feira. O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, pediu que não se execute Andrew Chan e Myuran Sukumaran em carta enviada ao presidente indonésio, Joko Widodo, com quem espera falar por telefone, segundo a emissora "ABC". Chan e Sukumaran receberam no sábado a notificação de 72 horas anterior à execução no presídio de Nusakambangan, em Java central, onde estão em celas de isolamento junto a outros oito réus que esta semana enfrentarão o pelotão de fuzilamento, incluindo o brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte. Abbott reiterou a oposição da Austrália à pena de morte e assegurou que foram feitas negociações "em todos os níveis possíveis" durante meses para salvar os dois condenados, em declarações feitas na França e divulgadas pela "ABC". O presidente filipino, Benigno Aquino, falará nesta segunda-feira diretamente com Widodo antes da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) na Malásia para pedir-lhe clemência para a filipina Mary Jane Veloso, segundo o jornal "Inquirer". Os advogados pediram na sexta-feira a repetição do julgamento de Veloso, mãe solteira de duas crianças, que foi julgada sem dispor de tradutor e à qual consideram vítima de tráfico de pessoas. Associações de trabalhadores de imigrantes e ativistas contrários à pena de morte mostraram seu apoio aos condenados para os quais pediram clemência em concentrações na Austrália, Filipinas e Indonésia. O presidente indonésio reiterou a firmeza de seu governo contra o narcotráfico e descartou a clemência para os condenados, apesar dos vários pedidos recebidos, incluindo o do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Em janeiro, a Indonésia fuzilou seis traficantes de drogas, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática que levou o Brasil a chamar para consultas seu embaixador em Jacarta. A Indonésia, que retomou as execuções em 2013 após cinco anos de trégua, tem 133 prisioneiros no corredor da morte, dos quais 57 são por narcotráfico, dois por terrorismo e 74 por outros delitos. EFE jcp/ma (foto)

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