A UE (União Europeia) reiterou nesta sexta-feira (5), em comunicado divulgado em Bruxelas, o compromisso com a eliminação da Mutilação Genital Feminina, forma de violência comparada à tortura.
A declaração é feita no âmbito do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, que será lembrado neste sábado (6).
Em meio a "temporadas do corte", Quênia combate a terrível prática da mutilação genital feminina
"A UE está empenhada na eliminação dessa forma de violência escondida, comparável à tortura", reitera o bloco, acrescentando que "a prática é uma violação injustificável dos direitos humanos e dos direitos da criança, bem como uma ameaça aos novos valores".
"Cada ser humano, cada jovem, cada mulher tem o direito a viver livre da violência e da dor em todos os seus aspectos", destacou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, no texto, divulgado em conjunto com o comissário europeu para o Desenvolvimento, Neven Mimica.
Pelo menos 200 milhões de jovens e mulheres foram vítimas de mutilação em 30 países, de acordo com o último relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Mais de 140 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo foram submetidas a um procedimento cultural doloroso, traumático e que pode acarretar graves problemas de saúde: a mutilação genital feminina. O procedimento, que é reconhecido internacionalmente como uma violação aos direitos humanos, consiste na remoção parcial ou inteira dos órgãos genitais das meninas com lâminas comuns, sem anestesia ou acompanhamento médico Texto: Marta Santos, do R7