Alexandre Ângelo de Oliveira, acusado de matar Ségio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes, em agosto de 2012, vai à júri nesta quarta-feira (20). Segundo informações do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), a sessão será presidida pelo juiz Maurício Leitão Linhares, no 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Atualmente, Oliveira aguarda julgamento no presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves.
O detento responde por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. O homicídio aconteceu no bairro Minaslândia, região norte da capital mineira, no dia 22 de agosto de 2012. Sales foi executado com seis tiros ao sair de casa para ir ao trabalho, logo pela manhã. Além de Oliveira, a cozinheira Denilza Cesário também respondeu pelo assassinato e foi condenada a 13 anos de prisão no ano passado.
Na época, o casal confessou ter planejado o homicídio. Segundo o relato de Denilza, Sérgio sempre a provocava quando ela passava em frente à casa dele. Ela alegou que o homem a cantava de forma grosseira e chegou a dizer que "passaria a mão nela" um dia antes de ser morto. A mulher, então, contou toda a história para Oliveira, que era seu amante, e o homem a acompanhou até passar em frente à casa do primo do jogador.
Os dois acusados contaram que Sérgio repetiu as provocações e chegou a tentar agarrar Denilza. Neste momento, Oliveira acelerou a motocicleta em que estava e atirou contra a vítima. Sérgio ainda tentou correr e se esconder em um beco, mas foi atingido por mais disparos. Após o crime, Denilza largou o marido, com quem tem quatro filhos, para se esconder com o amante. Na época, eles afirmaram que não sabiam quem era Sérgio, nem sua relação com o desaparecimento de Eliza Samudio.
Testemunha
Sales iria a júri popular com os outros suspeitos do sumiço e morte da modelo Eliza Samudio. Ele respondia por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver.
O primo do ex-atleta do Flamengo foi uma testemunha importante nas investigações da Polícia Civil. Em seu depoimento, o jovem deu detalhes de como Eliza foi morta.