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Comerciantes fecham as portas em cidade sem policiamento há 12 anos

Onda de roubos em Cavacos cresce desde 2010; PM de Alterosa atende ocorrências

Minas Gerais|Do R7

Manifestantes fizeram carreata até a prefeitura, mas prefeito estava em Belo Horizonte
Manifestantes fizeram carreata até a prefeitura, mas prefeito estava em Belo Horizonte Manifestantes fizeram carreata até a prefeitura, mas prefeito estava em Belo Horizonte

Os comerciantes do distrito de Cavacos, na região sul de Minas Gerais, fecharam as portas por um dia e saíram em carreata até a prefeitura da cidade reivindicando mais segurança para trabalhar. O município está sem policiais há 12 anos e as ocorrências são atendidas por militares da cidade de Alterosa.

De acordo com o comerciante Celso de Oliveira, as lojas estão sofrendo muitos assaltos e o que a carreata mais quer da prefeitura é um aumento no policiamento da cidade.

— O problema nosso aqui é que não temos uma viatura de polícia. Chamamos os militares de Alterosa e eles não são culpados. Eles gastam meia hora, 40 minutos até chegarem aqui. Uma vez eu estava em Carmo do Rio Claro quando roubaram meu mercado, eu vim de lá até aqui e ainda levou 10 minutos para a polícia chegar.

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De acordo com Viviane Aparecida de Oliveira, a violência na cidade começou em 2010 e cresce a cada ano. O estabelecimento dela foi o primeiro a ser alvo de bandidos.

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— Foi a primeira vez que fomos assaltados e o bandido era perigosíssimo, nós ficamos com trauma de trabalhar. Essa foi a primeira onda de assalto que começou na cidade e não foi tomado nenhuma providência. 

A última ação criminosa na região foi um arrastão. Dois assaltantes que estavam em uma moto deixaram os trabalhadores com medo. Primeiro eles roubaram um supermercado, próximo da avenida principal do distrito. Depois, foram até o posto de gasolina, próximo do local, e também levaram dinheiro. Segundo o frentista Edson José da Costa, mesmo sem ninguém reagir à abordagem, os criminosos atiraram.

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— O motoqueiro já chegou anunciando o assalto e perguntando onde estava o frentista. Ai, eu entreguei o dinheiro, para que eles não desse tiro nos colegas meus que estavam na hora.

Antes de fugir, segundo Oliveira, os homens ainda assaltaram o comércio dele.

— Um menino meu já estava tentando ligar para a polícia e eles chegaram empurrando ele para dentro, tomaram o celular e perguntaram que era responsável pelo caixa. Minha esposa veio e eles foram até o caixa e limparam tudo.

De acordo com o tenente da Polícia Militar de Alterosa Ivan Rocha, o atendimento às ocorrências é feito o mais rápido possível.

— Nós damos atendimento, mas tem a questão do locomoção de Alterosa até o distrito de Cavacos, mas isso é feito o mais rápido possível, assim que a polícia toma conhecimento das demandas do município.

Depois de um dia de portas fechadas, os comerciantes fizeram uma carreata até a prefeitura da cidade, pedindo por mais segurança. Como o prefeito estava em Belo Horizonte, eles fizeram uma reunião com dois representantes. Segundo o advogado Dieliton Azevedo, a principal cobrança do povo era a segurança para reabrirem as lojas.

— A gente está cobrando deles a reivindicação da segurança pública, que a gente sabe que não papel exclusivo do município, mas quem melhor que o prefeito para representar o seu povo? Por enquanto as coisas permanecem como estavam, ou seja, o povo amedrontado. Não sei até quando vai continuar essa paralisação do comércio.

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