A mãe de um aluno da Escola Estadual José Gabriel de Oliveira agrediu a diretora da escola na sexta-feira (4), em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte. A briga aconteceu por causa de uma briga entre alunos após a aula. A vítima ficou com hematomas no corpo após a confusão, mas passa bem.
A professora Neide Aparecida Lisboa testemunhou a briga e explica porque ela começou.
— Aconteceu uma briga na quinta-feira à tarde, após a escola e a mãe veio para tirar satisfação, o que é o certo. Ela tem que zelar pelo filho dela, mas não justifica a atitude que ela teve. A diretora pediu que ela esperasse, para chamar as famílias envolvidas, porém a mãe se alterou e partiu para cima da diretora.
A mulher lamenta a reação dos alunos.
— Os meninos aplaudindo a atitude da mãe. Coisa horrorosa, o ser humano perdeu o amor à vida, ao próximo.
Esse não foi o primeiro caso de agressão que aconteceu contra funcionários da escolas. Em dezembro do ano passado, de acordo com Neide, durante o processo de eleição da nova diretora, uma das candidatas sofreu uma tentativa de homicídio.
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— A diretora se despediu da gente e foi até o estacionamento, para pegar o carro dela, e esse foi o momento da agressão. Ela acionou o alarme e o rapaz entrou no carro para sufocar ela. Ela buzinou para chamar a atenção dos outros professores e uma serviçal da noite e chamou socorro.
Uma mãe de aluno, que não quis se identificar, denuncia que os estudantes fazem o que bem entendem dentro do colégio.
— Já vi aluno com drogas, entra e sai, pula o muro da escola quando quer. Já vi alunos armados, dando cadeirada em professores.
Nesta segunda-feira (7) a Secretaria de Educação do município enviou representantes à escola, que se reuniram com professores para tentar solucionar o problema de violência na escola. As aulas foram suspensas, o que incomodou alguns pais, como Edmar de Almeida.
— Além de me sentir revoltado, eu fiquei triste porque a única coisa que a gente pode dar para o nosso filho é o estudo. Chega nessa idade, em que precisam mesmo fechar esse ciclo de estudo ele não consegue, porque chega para estudar e não tem aula.
Os casos de agressão estão sendo investigados. Obras emergenciais para aumentar o muro e melhorar a iluminação no local devem ser realizadas em breve. De acordo com o diretor educacional, Ermelindo Martins, a Secretaria estuda a possibilidade de contratação de um vigilante.
— A gente veio para conversar, junto com a Polícia Militar, para encontrar uma solução democrática, dentro do estado de direito, que tenha participação de todos.
Os pais, de acordo com Almeida, estão com medo.
— Espero, realmente, que eles tomem uma previdência sobre isso, para a gente poder ter tranquilidade para ir trabalhar e deixar o filho aqui.