Cerca de 20 professores invadiram o prédio da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte no fim da tarde desta terça-feira (3). A categoria está em greve desde o dia 6 de maio, quando a paralisação de servidores do município foi aprovada em assembleia.
De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, os profissionais estão no sétimo andar do prédio, que fica no bairro Santo Antônio, região centro-sul da capital mineira. Por medida de segurança, todos os servidores foram dispensados e deixaram o edifício.
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O sétimo andar é onde está o gabinete da secretária de Educação, Sueli Maria Dias, que não estava no local no momento da invasão. Os professores teriam dito que "não têm pressa" em sair do prédio.
Os funcionários optaram por cruzar os braços pois discordam da proposta feita pela Prefeitura de Belo Horizonte, que ofereceu 7% de reajuste, em duas parcelas (julho e novembro) e aumento do vale-refeição de R$ 17 para R$ 18,50 no final do mesmo mês. Os sindicalistas pedem 15% de reajuste salarial e vale refeição de R$ 28.
Entretanto, na última semana, servidores da SLU (Superintendência de Limpeza Urbana) e da saúde decidiram dar fim à greve.
Estadual
Também em greve, os professores da rede estudual ocuparam nessa segunda-feira (2) a sede da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana. De acordo com o Sind-Ute (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), a iniciativa visa pressionar o Governo a negociar com a categoria.
A entidade ressalta ainda que protocolou a pauta de reivindicações dos servidores no dia 31 de janeiro, mas, desde então, não houve abertura do Estado e nenhuma reunião foi marcada.
Uma nova assembleia será realizada pelos educadores na próxima quarta-feira (4), a partir de 14h, no pátio da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), para discutir os rumos do movimento.