A empresária Kênia Mara de Souza, de 39 anos, foi condenada a 14 anos de prisão pela morte de um peixeiro em Belo Horizonte. A mulher foi a mandante do crime em uma disputa por um terreno no bairro Caiçara.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Kênia foi julgada nessa quarta-feira (15). Ela vai cumprir a pena em regime fechado.
Fábio Batista de Melo foi morto a tiros dentro da peixaria da família no bairro Bonfim, região noroeste de Belo Horizonte, em maio de 2013. A viúva de Melo contou que as ameaças eram constantes.
— Ela passava na porta, gritava com ele, chamava de vagabundo, bandido, dizia que ia matar ele.
A mulher ainda é investigada pela morte de um ex-funcionário, que foi assassinado a tiros na porta de casa. O rapaz seria testemunha contra ela no processo de disputa do terreno.
Latrocínio
A empresária foi presa por envolvimento em um latrocínio. No dia 19 de outubro do ano passado, um caminhoneiro que transportava transformadores de São Paulo para Belo Horizonte foi abordado no Anel Rodoviário.
A carga, avaliada em R$ 360 mil, foi roubada e o motorista assassinado. O corpo dele foi encontrado em Ribeirão das Neves, na Grande BH, sem nenhum documento. A vítima foi identificada e, durante as investigações, a polícia chegou até a empresária, que, mais uma vez, seria a mandante do crime. O executor também está preso.
O equipamento roubado foi encontrado na empresa de Kênia, especializada em comercialização, manutenção e locação de transformadores. A carga já havia sido modificada, mas foi identificada pela numeração.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher tem passagens por uso de documento falso, falsificação de documentos, estelionato, formação de quadrilha e falsa comunicação de crime.