O ex-estudante de Direito, Wellington Rodrigues Tavares, de 32 anos, foi condenado a 21 anos de prisão por assassinar a namorada, Cristiani Moreira, de 41 anos, em outubro de 2012. A médica foi executada a facadas dentro da casa onde morava com o companheiro, o bairro Riacho das Pedras, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O filho da vítima, que tinha 12 anos na época, presenciou o crime.
O júri durou o dia todo na última terça-feira (24), no Fórum de Contagem, e foi presidido pelo juiz Elexander Camargos Diniz. No total, foram arroladas duas testemunhas de defesa e cinco de acusação. O filho da médica acabou sendo dispensado pelo promotor Daniel Saliba. A sessão começou por volta de 9h e foi encerrada já no final da noite. Tavares respondeu por homicídio qualificado por motivo fútil e uso de meio cruel. Ele ainda foi sentenciado pela tentativa de homicídio contra o filho da namorada que, ao tentar ajudar a mãe, ainda foi esfaqueado no braço.
De acordo com as investigações, o condenado teria assassinado a mulher por não concordar com o fim do relacionamento. No entanto, familiares e amigos garantem que, desde que ele foi preso, tem recebido visitas de uma amiga que é ex-chefe de Cristiani. A irmã da média, Denise Moreira, contou que os últimos três anos foram difíceis para o sobrinho, que faz tratamento psicológico para superar o trauma.
— Ele demorou a conseguir dormir sozinho, eu fiquei muito tempo tendo que dormir com ele, ele chorando o tempo todo e tendo pesadelos.
Leia mais notícias de Minas Gerais no Portal R7
Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play
Lembre
Tavares e a médica, que trabalhava em um posto de saúde de Contagem, estavam juntos há cerca de cinco anos. No dia 22 de outubro de 2012, eles teriam discutido em casa. O filho da vítima, de 12 anos, presenciou o crime. Ele contou que estava no quarto com um colega quando ouviu a confusão. O garoto ainda tentou desarmar o padrasto, mas acabou sendo ferido.
Segundo ele, Tavares feriu Cristiani com uma faca e depois cravou o objeto no próprio peito. A médica chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos. Já Tavares ficou três dias internado.