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Após um ano de casadas, mulheres atacadas na web ainda lutam por Justiça

Tatiani Arcanjo e Lumara Kery foram vítimas de preconceito ao terem fotos do casamento publicadas

Minas Gerais|Do R7

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Às vésperas de completarem um ano de casadas, Tatiani Arcanjo de Oliveira, de 33 anos, e Lumara Kery Rodrigues, de 23, ainda lutam por Justiça. Elas moram em Miraí, na Zona da Mata mineira e, em setembro do ano passado, foram alvo de ataques na internet após terem fotos do casamento publicadas em diferentes perfis e páginas no Facebook.
Segundo Tatiani, na maioria dos casos, as noivas foram criticadas por sua orientação sexual e, em alguns comentários, as vítimas chegaram a ser chamadas de "vaca". Outros usuários da rede social afirmaram que Deus não estaria abençoando a relação das mulheres. —O problema foi quem compartilhou nossa foto e deu início à onda de ataques e comentários maldosos. Essas pessoas têm que ser responsabilizadas.
O caso ganhou repercussão nacional e as noivas decidiram registrar um Boletim de Ocorrência, que deu origem a uma investigação criminal. No entanto, segundo o delegado responsável pelo caso, Thiago Soares Marte, a dificuldade na identificação dos autores dos comentários e na coleta de depoimentos dificulta a conclusão do inquérito. — As ofensas aconteceram pelo Facebook, um espaço que não contém a qualificação completa dos usuários, como endereço e identificação, e isso dificulta um pouco. Além disso, as pessoas que já foram identificadas são de outras cidades ou estados e o depoimento delas tem que ser feito por meio de carta precatória, o que também é um processo demorado.
Ainda conforme o delegado, nenhuma carta precatória enviada retornou. Outros sete usuários da rede social sequer foram identificados e, por isso, Marte pediu a quebra de sigilo de dados do Facebook e também a dilação do prazo do inquérito para o prosseguimento das investigações. — O grande problema é o anonimato do Facebook, onde as pessoas podem criar perfis falso. Então, agora esperamos a decisão da Justiça pela quebra de sigilo para termos acesso às informações necessárias e determinar as próximas oitivas.
Ele destaca ainda que, de acordo com os levantamentos realizados pela equipe de investigação e também com os depoimentos das vítimas e de testemunhas que assistiram ao casamento delas, é possível afirmar que os agressores não são de Miraí. Apenas uma das pessoas identificadas seria de Muriaé, cidade próxima ao local onde as lésbicas vivem.
Mas, apesar da sensação de impunidade, Tatiani não desistiu e ingressou com dois processos na Justiça contra uma mulher apontada como sendo uma das autoras dos ataques. Uma audiência sobre o caso já foi realizada, mas a suspeita não teria sido localizada e a previsão é de que, nos próximos dias, um oficial de Justiça vá até a residência dela em Muriaé para notificá-la.
Enquanto isso, as duas mulheres organizam a festa de bodas de papel acontecerá no dia 15 de setembro, juntamente com o aniversário de Tatiani. A comemoração será feita com familiares, amigos e as filhas que ambas tiveram antes do casamento - Ana Beatriz, de 14 anos, e Ana Laura, de 5.

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Às vésperas de completarem um ano de casadas, Tatiani Arcanjo de Oliveira, de 33 anos, e Lumara Kery Rodrigues, de 23, ainda lutam por Justiça. Elas moram em Miraí, na Zona da Mata mineira e, em setembro do ano passado, foram alvo de ataques na internet após terem fotos do casamento publicadas em diferentes perfis e páginas no Facebook.
Segundo Tatiani, na maioria dos casos, as noivas foram criticadas por sua orientação sexual e, em alguns comentários, as vítimas chegaram a ser chamadas de "vaca". Outros usuários da rede social afirmaram que Deus não estaria abençoando a relação das mulheres. —O problema foi quem compartilhou nossa foto e deu início à onda de ataques e comentários maldosos. Essas pessoas têm que ser responsabilizadas.
O caso ganhou repercussão nacional e as noivas decidiram registrar um Boletim de Ocorrência, que deu origem a uma investigação criminal. No entanto, segundo o delegado responsável pelo caso, Thiago Soares Marte, a dificuldade na identificação dos autores dos comentários e na coleta de depoimentos dificulta a conclusão do inquérito. — As ofensas aconteceram pelo Facebook, um espaço que não contém a qualificação completa dos usuários, como endereço e identificação, e isso dificulta um pouco. Além disso, as pessoas que já foram identificadas são de outras cidades ou estados e o depoimento delas tem que ser feito por meio de carta precatória, o que também é um processo demorado.
Ainda conforme o delegado, nenhuma carta precatória enviada retornou. Outros sete usuários da rede social sequer foram identificados e, por isso, Marte pediu a quebra de sigilo de dados do Facebook e também a dilação do prazo do inquérito para o prosseguimento das investigações. — O grande problema é o anonimato do Facebook, onde as pessoas podem criar perfis falso. Então, agora esperamos a decisão da Justiça pela quebra de sigilo para termos acesso às informações necessárias e determinar as próximas oitivas.
Ele destaca ainda que, de acordo com os levantamentos realizados pela equipe de investigação e também com os depoimentos das vítimas e de testemunhas que assistiram ao casamento delas, é possível afirmar que os agressores não são de Miraí. Apenas uma das pessoas identificadas seria de Muriaé, cidade próxima ao local onde as lésbicas vivem.
Mas, apesar da sensação de impunidade, Tatiani não desistiu e ingressou com dois processos na Justiça contra uma mulher apontada como sendo uma das autoras dos ataques. Uma audiência sobre o caso já foi realizada, mas a suspeita não teria sido localizada e a previsão é de que, nos próximos dias, um oficial de Justiça vá até a residência dela em Muriaé para notificá-la.
Enquanto isso, as duas mulheres organizam a festa de bodas de papel acontecerá no dia 15 de setembro, juntamente com o aniversário de Tatiani. A comemoração será feita com familiares, amigos e as filhas que ambas tiveram antes do casamento - Ana Beatriz, de 14 anos, e Ana Laura, de 5.

Às vésperas de completarem um ano de casadas, Tatiani Arcanjo de Oliveira, de 33 anos, e Lumara Kery Rodrigues, de 23, ainda lutam por Justiça. Elas moram em Miraí, na Zona da Mata mineira e, em setembro do ano passado, foram alvo de ataques na internet após terem fotos do casamento publicadas em diferentes perfis e páginas no Facebook.

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