Somente a partir de março, a Justiça de Minas decide se o cunhado da apresentadora Ana Hickmann, Gustavo Corrêa, vai a júri popular, em razão do assassinato de Rodrigo Augusto de Pádua. O fã da apresentadora foi assassinado ao invadir o quarto de hotel de Hickmann, no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O crime aconteceu em maio de 2016.
Nesta segunda-feira (18), Gustavo Corrêa foi interrogado e voltou a negar que tivesse tido a intenção de matar. Segundo ele, os três disparos na nuca de Rodrigo foram “automáticos”. Ele disparou depois de tomar a arma de Rodrigo, que atirou contra sua mulher Giovana Oliveira, assessora de Hickmann, e a feriu com dois tiros.
“Faria exatamente tudo de novo porque eu não tive opção”, reafirmou Corrêa, antes de prestar depoimento no II Tribunal do Júri, da capital. “Sempre estive bem aliviado, independente se a decisão fosse favorável ou não porque fiz o que tinha que fazer para salvar minha família e minha vida”, disse.
Corrêa também ressaltou que a vítima tinha munição especial e trazia outras cinco balas no bolso. E concluiu: “Alguém que vem com 10 balas para dentro de um hotel, com uma munição especial, ele não vem para brincar.” Além dele, foram ouvidas outras duas testemunhas, uma defesa e outra de acusação.
Desta forma, foi encerrada a fase de instrução do processo pela juíza sumariante Ámalin Aziz Sant’ana, que é quem decide se vai mandar Corrêa a júri. Antes, ele vai receber as alegações da acusação e da defesa. O promotor Francisco Santiago disse que vai defender que o cunhado da apresentadora teve a intenção de matar e deve assentar no banco dos réus para responder por homicídio doloso, com pena de seis a 20 anos.
Tumulto
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Para evitar tumulto, Ana Hickmann, que prestou depoimento em outubro, não compareceu à audiência, mas não deixou de prestar sua solidariedade ao cunhado. Por meio do seu Instagran, a apresentadora fez a seguinte postagem: “Senhor, hoje minhas orações e todos os meus pedidos são para o meu irmão Gustavo. Proteja e cuida, de sabedoria e paz, mais uma vez de coragem e força ao meu cunhado, tire de perto dele todo o mal e que suas palavras mostrem a verdade que sem foi. Amém.”
Corrêa também fez um desabafo na rede social. “E lá vou eu para mais uma audiência, provar o óbvio. Mais tempo perdido, mais desgaste emocional e mais dinheiro fora do bolso”, escreveu. Deixou claro ainda sua insatisfação com a tese da acusação: “Tudo porque alguém se achou no direito de dizimar a minha família e ainda está sendo vitimado pelo Ministério Público, que, com frequência presta desserviço à sociedade.”