A mulher que assassinou a filha e, em seguida, se matou em Itabira, na região central de Minas Gerais, teria deixado áudios para algumas amigas dizendo que planejava se suicidar. A Polícia Civil teve acesso às mensagens e já confirmou que todas elas foram feitas do celular de Marly Alves de Almeida, de 31 anos.
De acordo com o delegado Paulo Campos, responsável pelo caso, em um dos áudios, Marly chegou a dizer que iria transferir um dinheiro para a conta de uma amiga para que esta pudesse cuidar de seu filho mais velho depois que ela se matasse. No entanto, o delegado ainda não confirmou se a transferência foi realizada e a corporação não informou sobre a paternidade do menino.
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Ainda conforme a Polícia Civil, o ex-marido da vítima e pai da criança morta no crime deve ser ouvido nesta semana. Além dele, as amigas de Marly também devem prestar depoimento na delegacia de homicídios da cidade. A suspeita é de que o crime tenha ligação com a separação recente da mulher já que, em algumas mensagens, ela dizia que ainda amava muito o ex-companheiro.
Entenda o caso
Marly e afilha Izabela Almeida, de sete anos, foram encontradas moras na noite de quarta-feira (5) na MG-129, estrada que liga a cidade de Itabira ao município de Nova Era. Elas estavam no carro da mulher, sendo que a criança apresentava um tiro no peito e Marly havia sido baleada na cabeça. Uma arma também foi apreendida no veículo.
A PM (Polícia Militar) chegou até os corpos após os ex-marido de Marly acionar os militares dizendo ter recebido mensagens em que a mulher dizia que estava com a filha e que faria "uma grande besteira". Ela também dizia que depois iria se matar.
Este é o segundo caso de assassinato dos filhos seguido de suicídio neste ano em Itabira. Em janeiro deste ano, Ana Flávia Marques Teixeira, de 34 anos, matou as duas filhas, sendo uma de dez meses e outra de quatro anos, e, em seguida, se matou em um quarto de motel da cidade. O crime teria sido motivado pela perda da guarda de uma das filhas para o ex-marido.