Funcionários de dois dos maiores hospitais do Estado de Minas Gerais fazem uma paralisação de 24 horas, nesta terça-feira (12), em Belo Horizonte. Eles reclamam de atrasos nos pagamentos e pedem melhorias na estrutura das unidades e a contratação de novos profissionais para suprir baixas nas equipes.
Os servidores trabalham Hospital João XXIII e do João Paulo II. Nesta manhã, eles realizaram um protesto em frente ao João XXIII, que é o maior pronto socorro do Estado. Eles interditaram a avenida Alfredo Balena, onde fica localizada a unidade. Uma das pistas foi fechada e o trânsito ficou complicado na região.
Leia mais notícias no Portal R7
O enfermeiro Carlos Augusto Martins reclama que não tem aumento salarial há cinco anos. Além disso, o profissional relata precariedade nos banheiros da instituição em que trabalha. O enfermeiro afirma, ainda, que o sistema do ar-condicionado do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) não funciona e que dos cinco elevadores do prédio, apenas um está ativo.
— Este elevador é utilizado tanto para o transporte dos corpos, quando há óbito, quanto para alimentação que é distribuída para os pacientes. Sem falar da situação de pacientes graves que a gente tem que correr para o setor de urgência.
Por 24 horas, apenas casos de urgência e emergência serão atendidos nos dois hospitais. A orientação dos servidores é que os pacientes procurem outras unidades de saúde como Odilon Behrens, Risoleta Neves e as Upas (Unidades de Pronto Atendimento).
Os servidores afirmam que se o Governo do Estado não se pronunciar até o dia 21 de dezembro, a paralisação vai se estender por vários hospitais e por tempo indeterminado.
Por nota, a Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), responsável por administrar os hospitais. informou que existe um cronograma de investimentos para compra de novos equipamentos e conclusão de obras. A abertura de concurso público para a Rede Fhemig também já foi autorizada.
Veja mais: